Novidades.....Magafotos.....Fórum.....Magasound.....Magapi......Magasexy......MagaVideos......Jurokidisse.......Email

 

Arquivo - Histórias do Vale Tudo

 

Ryan speaqui inglixi !!!???

Vejam só um trecho do diálogo travado entre Ryan Gracie e Wallid Ismail, no programa Sérgio Mallandro: Wallid: Pô, parabéns para o Renzo, lutou muito bem contra o Sakata, só tenho a admirá-lo!!! Ryan: É, vê se tú aprende alguma coisa vendo meu irmão lutar, "paraíba". Gracie é isso aí, vai pra finalizar!!! Wallid: Como é que eu vou aprender alguma coisa, com um cara que eu já vencí, "meu irmão"??? Ryan: Você usou quimono preparado, e eu não sou "teu irmão" não, "brother"!!!!!


Wallid x Família Gracie

Breve relato sobre as vitórias de Wallid Ismail sobre Ralph, Renzo e Royce Gracie:

Wallid x Ralph: Aconteceu na Copa Rio Sport Center, a cerca de 8 anos atrás, quando ambos eram faixa-marrom. A luta foi 2 x 0 para o Wallid, com uma passagem de guarda (na época a passagem de guarda valia 2 pontos). Decisão polêmica, já que muitos acharam que o Ralph deveria ter ganho 2 pontos por uma queda. Nesta época, o Wallid era 5 Kg mais pesado que o Ralph.

Wallid x Renzo: Aconteceu em 1993, no ginásio do Flamengo. Se não me engano, o Wallid ganhou por 6 x 0, com 3 passagens de guarda. Neste dia o Wallid pesou 5 Kg a mais que Renzo e utilizou um quimono com a gola exageradamente reforçada, o que impedia renzo de estrangular (a mão não fechava). O Renzo pegou as costas do Wallid diversas vezes, que por sua vez preocupava-se apenas em defender os ganchos, já que ele sabia que o estrangulamento seria impossível. Dessa maneira, o Renzo não pontuava, até porque achava que iria finalizar. A luta durou uma hora, sendo que os últimos 30 minutos foram de amrração. Depois dessa luta, o Renzo tentou fazer uma revanche várias vezes, entrando em todos os campeonatos , porém o Wallid não se inscrevia em nenhum.

Wallid x Royce: O cenário foi a paradisíaca praia de Copacabana, numa noite quente em dezembro de 1998. O combate foi muito aguardado, pois a muito tempo não se fazia uma luta desta envergadura sem limite de tempo, o juiz foi o eterno delegado Hélio Vígio. Para surpresa de muitos a luta teve seu fim muito antes do previsto, pois Wallid Ismail, visivelmente mais bem preparado que Royce aproveitou-se de um descuido do Gracie e aplicou um estrangulamento conhecido como "relógio" após 5 minutos de luta. O espírito guerreiro de Royce o impediu de desitir, que aliado a demora de Hélio Vígio em perceber que não havia mais reação por parte dele, culminaram no inesquecível desmaio de Royce. 


Rickson x Equada, quem???

Entrevistado em 1997, poucos dias antes de sua luta contra Takada, Rickson Gracie não exitou em dizer que nunca havia tido uma luta dura na sua vida, somente algumas lutas demoradas, então o repórter perguntou a Rickson quanto tempo demorou sua luta mais longa e contra quem foi. De pronto Rickson Gracie declarou: Sem dúvida, foi contra o Equada, me lembro bem, foram 50 minutos até que conseguí encaixar um triângulo e ele desfaleceu, mas também pudera, o cara tinha 2 metros de altura e 153Kg, era um gigante, um casca grossa!!! 


Ryan x Tico

A verdadeira história da rivalidade entre Ryan e Wallid é a seguinte: Durante um campeonato no Colégio Veiga de Almeida (Barra - RJ) organizado pela recém criada Associação de Jiu Jitsu da Barra da Tijuca, houve um desentendimento entre o Ryan e o Tico (aluno do Carlson). Ambos estavam na platéia e foram brigar lá fora, mas o Carlinhos Gracie foi lá e impediu, dizendo que era o primeiro campeonato naquele lugar e iria queimar o filme. Então eles marcaram para brigar no dia seguinte. No dia seguinte, às 8:30, o Ryan já estava na Academia Espaço Vital (onde funciona a Barra Gracie), quando o Tico chega para brigar, com o Wallid, Amaury e Parrumpinha. O Carlinhos não deixou brigar lá, explicando que lá era local de treino e não de briga, então o Soca (Alexandre Carneiro) disse que sua casa estava vazia e a luta poderia ser lá. Então foram todos para a casa do Soca. Foi combinado que somente o Renzo poderia dar instruções para o Ryan e somente o Wallid falaria para o Tico. A briga durou uns 40 minutos, começando no gramado e terminando na varanda, quando o Ryan caiu em cima de um vaso de plantas e quebrou a costela. O resumo da briga foi o seguinte: Os dois ficavam parados muito tempo, mas quando o Ryan partia pra dentro, sempre acabava montado (mas cansado). Dava umas porradas mas morria no gás e o Tico (bem mais forte e pesado) saia da montada. Em uma dessas montadas do Ryan, o Tico tentou torcer o dedo dele. O Ryan protestou e o Wallid respondeu dizendo que aquilo era porrada e não treino amigável. Então alguém gritou: "morde a cara dele, Ryan". Nem precisou falar 2 vezes: o Ryan deu uma dentada na orelha do cara que arrancou um pedaço (depois o Renzo pegou o pedaço da orelha e colocou no freezer). Quando o Ryan quebrou a costela e teve que parar, também estava de bom tamanho para o Tico. Detalhe: No início da briga, a coisa estava meio devagar e o Renzo já nervoso com a falta de combatividade disparou: "Bora "Raia", dá uma escarrada na cara desse corno". O Ryan não se fez de rogado e disparou umas quatro ou cinco bem na cara do Tico.


O encontro de Magapi com Rei Zulú

Pra quem gosta dessas histórias, lá vai: Estava eu de férias no mês de outubro no ano de 1997 DC em São Luis-MA, quando peguntei a um primo se conhecia o Zulú. Ele sabia de quem se tratava, mas por não ser muito ligado em lutas, não pode me dizer nada sobre o mais duro adversário de Rickson, foi quando então ele me apareceu dois dias depois me dizendo: Olha só Magapi, tem uma faixa lá no João Paulo(bairro) chamando as pessoas para assistir o (pásmem!!!) semanal campeonato de vale tudo do Tarracá e dizendo que o Rei Zulú vai lutar. Depois fiquei sabendo que nesse local tinha luta todo final de semana mesmo. Mais então, disse ao meu primo que imaginava que Zulú estivesse aposentado, pois já devia estar com uns 50 anos, mas mesmo assim fui lá, na certeza de que encontraria um filho dele lutando ou outro qualquer que estivesse usando o seu nome. Era um sábado, o local era escuro, a entrada era R$5,00 e no programa estavam confirmadas 6 lutas. O nome do local é Arena do Tarracá ou Baixada do Tarracá. As 5 primeiras lutas foram bem movimentadas com uma média de 3 minutos para cada uma. Quando então é anunciado primeiramente o adversário dele΄, Chico Carro-Velho, que vinha do Amazonas. De repente, eu tomei um susto, sem esperar o apresentador (José Raimundo, ex-presidente do Moto Clube Futebol) dizer o seu nome, surge aquela figura; digamos lendária, um pouco folclórica. Porra, era o cara mesmo, caramba eu não acredito, disse ao meu primo, que retrucou dizendo: Eu num disse? É o cara, Magapi!!! Bom, aí o homem entrou no ringue (ringue muito vagabundo) e foi ovacionado pela torcida local, até então calado, quieto no canto do ringue com os braços esticados nas cordas. O apresentador disse apenas o nome e a origem de cada lutador, apresentado o Chico Carro-Velho, chegou a vez de Zulú, e apartir do momento que seu nome foi falado pelo apresentador, passou um filme na minha cabeça da 2ͺ luta que fez contra Rickson. Porque neste momento Rei Zulú começou a fazer aquelas caretas que lhe eram peculiar, o povo ficou maluco com aquele negócio e Zulú parecia se entusiasmar cada vez mais, foi quando o juiz deu o comando de início de luta, porra, e o Zulú continuava fazendo as caretas até que o Chico ficou puto da vida e tentou clinchar o Zulú, mas Zulú ainda é muito forte, o adversário devia ter o mesmo peso do maranhense (uns 100Kg). Zulú deu um empurrão em Chico que jogou ele longe, então fizeram aquela finta e de repente o Zulú solta uma espécie de mata cobra (no melhor estilo Vovchanchin) e derruba Chico, que dormiu imediatamente. Que porrada, daquí a 50 anos ainda vou lembrar disso!!! Zulú nesse momento saiu para a galera fazendo caretas e dizendo: Aquí eu ainda sou o Rei!!! Repetia sem parar. Acabada a luta dei um jeito no melhor estilo Magapi e conseguí bater um papo com o Rei Zulú: Mag: Zulú, eu sou Magapi do RJ, me diz aí: Como é o teu treinamento? Zulú: Levanto carroça, carrego pneu grande, corro entre árvore e empurro a parede. Mag: Empurra a parede? Zulú: Meu treinamento quem inventou foi meu pai, tenta empurrar uma parede por 20 min, pra ver só. Mag:Qual a sua idade? Zulú: Tenho 48. Mag: Ainda vai continuar lutando? Zulú: Só paro quando morrer. Mag: Um abraço. Zulú: Pra vc também.


A verdadeira história sobre a idade de Royce Gracie

Em entrevista ao repórter Jorge Guimarães do canal a cabo Sportv, o Prof. Rorion Gracie, irmão e empresário de Royce, deu a seguinte declaração: Com o jiu-jitsu crescendo dessa maneira, eu dando aula na garagem da minha casa, e cada vez com mais alunos, no início de 1980, eu trouxe o Royce que na época tinha 17 anos, pra morar comigo nos EUA. O Royce na época não falava inglês, mas já falava jiu-jitsu "direitinho". Então eu ia coreografar algumas cenas para o cinema e deixava o Royce dando aula na minha casa... Bom galera, levando em consideração que um empresário, jamais aumenta a idade do seu lutador, (em alguns casos fazem até o contrário) acredito que Rorion tenha dito a verdade, então vamos fazer umas continhas: Se Royce foi para os EUA em 1980 com 17 anos, então o mesmo nasceu em 1963, certo? Nascido em 1963, Royce Gracie teria então no presente (Dez-2000) 37 anos e não 34, como foi dito semana passada no seu site. No dia 12 de dezembro, Royce Gracie fez aniversário, 34 ou 37, não importa, paz e saúde ao eterno campeão do Ultimate Fighting Championship !!!>


Marco Ruas x Pinduka 1983

A luta ocorreu em 1983 no Maracanãzinho, em um evento promovido por Róbson Gracie, que também contou com a participação de nomes bem conhecidos do público, como: Marcelo Behring, Rei Zulú, Sérgio Batarelli, Eugênio Tadeu e outros. Bom a luta começou bem movimentada , com o Pinduka dando uns chutes estranhos de frente, mais pareciam pontapés, pra ver se acertava o abdômen de Ruas, e tentou cinturar o Marco, que se livrou da cinturada e começou a disparar potentes socos na cabeça do Pinduka, que não conseguia se defender de jeito nenhum, até que o Pinduka conseguiu encurtar a distância, cinturou e levou o Marco Ruas para o chão. O Marco já tinha um bom conhecimento de luta de solo e conseguiu colocar o Pinduka na sua guarda e dalí já foi emendando uma sequência de cotoveladas na cabeça do Pinduka, que logo tentou passar a guarda, conseguindo êxito. Neste momento a luta ficou meio parada, senão pelos socos de Pinduka nas costelas de Ruas e algumas cabeçadas que nunca encontravam o alvo, de repente o Ruas esperneou e conseguiu repor a guarda, neste momento foram dados golpes de parte a parte, Ruas por baixo e Pinduka por cima, foi quando Pinduka aproveitou um vacilo de Ruas e passou sua guarda novamente, mas pouco fizeram também neste momento do combate, tanto que o juiz da luta, o delegado Hélio Vígio decidiu recomeçar a luta em pé, era exatamente o que Pinduka não queria, Marco Ruas começou a disparar seus socos na sua cabeça, e o Pinduka continuava dando uns ponta pés sem valor, foi quando Pinduka mais uma vez cinturou o Ruas e na tentativa de lhe dar uma queda, acabou tomando uma contra queda, infelizmente Ruas não soube se aproveitar do momento, Pinduka "malandramente" colocou metade do corpo pra fora do ringue obrigando o juiz a recomeçar o combate mais uma vez. Este foi o pior momento para Pinduka no combate já que o mesmo (já aparentando cansaço) ao receber uma saraivada de golpes, quase foi nocauteado, e Marco não parava de bater, todos na cabeça, sem piedade. Pinduka empurra Marco para o canto do córner e o derruba mais uma vez, mas já cansado pouco faz, enquanto que Ruas o mantém na guarda apenas se defendendo, Marco Ruas coloca um gancho e PInduka aproveita o movimento para alcançar a meia-guarda, e começa a disparar alguns socos, Ruas só se defende, é o fim do primeiro round. Começa o segundo round e agora ambos estão cansados, mas ainda assim Ruas dá alguns jabs em Pinduka, que mais uma vez fecha a distância e derruba Marco de novo. Ruas não cede a guarda e ainda consegue colocar um guanchincho, Pinduka se anima e desfere alguns bons socos em Ruas, mas o cansaço é maior e o impede de dar uma sequência, Ruas começa a castigar Pinduka com ótimas cotoveladas da guarda, Pinduka tenta reagir, mas Ruas o trava muito bem, então Pinduka dá o último gás e passa a guarda de Marco e desfere dois bons golpes no rosto de Marco Ruas, mas o tempo acaba e na ausência de juízes para dar uma decisão, é declarado o empate. "Foi minha primeira luta num evento que não conhecia e lutei contra a família Gracie. Eu tinha 23 anos, 78 Kg., enfrentei um cara bem mais pesado e mais experiente do que eu, faixa preta. O juiz, Hélio Vígio, estava contra mim. O empate, eu considero vitória, por causa disso tudo" (Declaração de Marco Ruas à revista O Lutador em Dezembro de 1996). O público começa a se alvoroçar, pois agora terá início a luta entre Marcelo Behring e Flávio Molina, mas essa é uma outra história...

 


Marco Ruas - The "King" of Hotel !!!

Durante a festa que se seguiu ao UFC 20, Marco Ruas e Marco "Jara" Albuquerque, que é intérprete para a língua portuguesa no UFC, tiveram um sério desentendimento. De acordo com algumas pessoas presentes, enquanto Ruas estava quieto no seu canto, Albuquerque começou a fazer comentários pouco elogiosos sobre a capacidade e as performances do lutador. Como os comentários não paravam , a paciência de Ruas chegou ao limite , e este, segundo algumas pessoas presentes, partiu para cima de seu crítico, desferindo uma sequência de vinte socos em menos de dez segundos no desafeto. Foi quando Pedro Rizzo, um fã e outros presentes, tiveram que tirar Ruas de cima de Albuquerque, e pediram à este que fosse embora logo, antes que se machucasse seriamente. Neste meio tempo Ruas, ainda transtornado, pegou uma mesa com apenas uma das mãos e a jogou em cima de Albuquerque e sem estar satisfeito ainda pegou duas garrafas e tentou acertá-lo também, sendo que uma delas acertou na parede e a outra nas suas costas. Finalmente as pessoas conseguiram tirar Albuquerque do alcance de Ruas e a confusão terminou !!!!


Rickson Gracie x Mark Shultz...

Em 1994, Rickson esteve na Universidade de Utah visitando o clube de westling do campus e venceu todos que estavam lá. Então sobrou apenas o campeão americano de westling Mark Shultz (UFC 9) que já estava dando seus primeiros passos no jiu-jitsu pelas mãos de Pedro Sauer (faixa-preta de Rickson Gracie). Eles lutaram por aproximadamente uns 35 minutos. Shultz esteve por cima de Rickson praticamente o tempo todo, chegando a empolgar os presentes, mas após uns 20 minutos, Shultz começou a demonstrar cansaço e Rickson se aproveitou disso e o finalizou com um triângulo, e mais tarde ainda finalizou Shultz mais três vezes. Um dos ilustres presentes era o lutador Tom Erickson que deu sua declaração sobre o que viu: "Ele não conseguiu finalizar o Rickson, e Rickson sim, conseguiu finalizá-lo. Shultz conseguiu derrubar Rickson levando-o para o chão e Rickson não conseguiu levar o Mark para o chão. Acho que o ponto principal é que Mark quis aprender alguma coisa com Rickson dando um treino com ele, já que Mark está começando a aprender jiu-jitsu, mas acho que Mark escondeu um pouco seu jogo" Pedro Sauer também estava lá e dias depois fez o seguinte comentário: O Mark Shultz ficou praticamente o tempo todo dentro da guarda do Rickson, que teve muita calma pra esperar o momento certo de ir para as costas de Mark (isso aconteceu umas três vezes). Rickson não se preocupou muito com troca de posições e o finalizou com um triângulo da guarda, Mark ficou tão impressionado que passou a treinar jiu-jitsu direto com o Pedro Sauer. Por não saber como finalizar o Rickson estando na guarda, o Shultz ficou segurando o Rickson 90% do tempo, enquanto teve força pra isso foi muito bom, mas quando cansou...


Allan Góes x Frank Shamnrock

A coisa toda começou quando alguns lutadores de westling desafiaram o Allan, e nisso um japonês chamado Oitate viu o Allan lutar e gostou. Tanto que lhe propós uma luta num evento de vale tudo no Japão. Nessa é poca, o Allan não falava muito bem inglês e pediu para um amigo chamado Franco, ficar a frente das negociações para a luta, só que eu acho que pela falta de experiência do amigo do Allan em termos de negociação para uma luta de vale tudo, o mesmo acabou sendo "passado para trás" pelos japoneses, que na hora do combate modificaram as regras, para favorecer o Frank Shamnrock que sempre foi muito idolatrado no Japão. Então disseram que o Allan deveria lutar com uma bota, uma caneleira e uma joelheira. O Allan finalizou o Shamnrock várias vezes, só que o americano toda vez que estava na eminência de desistir, fugia para fora do ringue, o que era aceitável pelas regras do evento. Além disso Allan teve um grande prejuízo, já que recebeu uma bolsa de $800,00, mas teve que gastar $8.000,00 por conta de uma fratura no pé. Os organizados do evento não bancaram as custas médicas de Allan, que acabou "entrando pelo cano". O resultado da luta acabou sendo o empate, sem dúvida um grande negócio para o Frank Shamnrock.


Bruce Lee, A Lenda do Dragão

...o karateca faz aquecimento num canto do improvisado ring em uniforme e faixa-preta , Bruce entra sorrindo, a jaqueta sobre os ombros e diz simplesmente: Você está pronto? O karateca responde com um grito penetrante atacando direto. Bruce desvia e simultaneamente desfere um direto cruzado "de lascar". Uma saraivada de socos segue e a luta está terminada. Tudo que eu ví foi um "borrão" de Bruce. Duração: 2 segundos. Soube depois que o karateca foi parar no hospital. Ronald Kealoha assim lembra a única luta que assistiu de Bruce Lee durante toda a época que estudou com ele - de 1959 a 1964. Continua Ronald: - "A luta teve lugar em Seatlle". Bruce e o karateca concordaram com esse match porque o karateca havia entrado praticamente invadindo a aula de Bruce e exigido uma luta, ridicularizando seu ensino...seus alunos na época eram Jesse Glover, Jim de Mile, Saky Kimura e Carley Woo.


Rickson Gracie x Yoji Anjo

Tem dia que é melhor ficar em casa. Provavelmente você já ouviu essa frase por aí, certo? Mas certamente o pro-westler japonês Yoji Anjo, não a levou a sério!!! A história teve início, assima: O Takada começou a desafiar publicamente o Rickson, e ele dizia que não lutaria com ele ou outro do pro-westling, porque faziam marmelada (pro-wrestling) e etc... e "rolou" muito na imprensa japonesa esse tipo de desafio, o Takada sempre que podia dava uma alfinetada no Rickson, que já andava uma "fera" com eles, mas sabiamente dizia que se um promotor bancasse a luta, ele lutaria, mas que não era essa a sua intenção , porque ele não tinha nenhum interesse em lutar com alguém que só faz marmelada. Então, num belo dia, os japoneses chegaram de surpresa com a imprensa nipônica na academia de Rickson em Los Angeles, neste dia quem estava dando aula era o Limão (faixa-preta de Rickson). Na verdade quem fez o desafio foi um promotor, Takada não estava presente, na época ele era idolatrado no Japão, mas corriam boatos de que Yoji Anjo era melhor de porrada, por isso foi o escolhido para o desafio contra Rickson. Diante dessa situação o Limão ligou para o Rickson, que não estava na academia, Rickson veio na hora, já com equipamento para filmar a luta. Ao chegar na sua academia, Rickson disse primeiramente que não queria lutar, pois só a faria num evento e por uma boa grana (até deu o valor de sua bolsa). Aí o Anjo, que estava calado, chegou pra perto e disse que Rickson declarou certa vez que também lutava pela sua honra e esperou a reação de Rickson. O Rickson nem deixou o japonês acabar direito a frase e topou na hora, não deixou a imprensa entrar, botou todo mundo pra fora e só deixou entrar o Anjo e o promotor e o rapaz que filmou a luta para o Gracie. Tudo pronto, começou a "peia", mas não tem nem muita coisa pra falar, Rickson derrubou Anjo, montou e ficou dando porrada por uns cinco minutos, depois levou o japonês pra perto de uma parede e jogou a cabeça dele com tudo, nessa o cara já ficou "zonzo", depois começou uma sessão de porradas que desfigurou a cara do Anjo, dente quebrado, olho roxo, boca inchada, foi quando praticamente desfalecido o japonês se virou e Rickson o estrangulou com um mata-leão, colocando o Anjo pra dormir, então Rickson deixou a imprensa japonesa entrar e filmar o Anjo acordando, todo arrebentado. Dias depois, Yoji Anjo voltou a academia de Rickson para lhe dar um presente e lhe pedir desculpas por tê-lo desafiado.


A rivalidade entre Ryan Gracie e Jorge "Macaco" Patino - 1ͺ Parte

...quando o MACACO entrou na FPJJ, ele se anunciou e disse que o pau iria comer, foi quando o RYAN afinou, mas prontamente foi repreendido pelo seu tio Carlos Gracie Jr, e não teve jeito, um "GRACIE" afinando na frente de quase todos os professores de sampa, teve que brigar e apanhou, pedindo até para o Fábio Gurgel separar, já que seu tio estava perplexo, não acreditando no que via. Separados os dois, Macaco saiu pra rua chamando RYAN pra continuar a briga, mas ele não saia de jeito algum, para desespero de seu tio, que o mandava sair insistentemente para que continuasse a briga. MACACO então,quebrou toda a moto de RYAN, para obrigá-lo a sair, mas não teve ninguém capaz de tirá-lo de dentro da FPJJ, e o máximo que ele fez , foi ficar gritando atrás de seu tio: "Por favor, a moto não, ela não tem nada com isso!".


 

A rivalidade entre Ryan Gracie e Jorge "Macaco" Patino - 2ͺ Parte

Desta vez o palco do "combate" foi o bairro do Itaim em São Paulo. Mais uma vez os dois se encontraram e após muitos elogios às mães de ambos, a porrada comeu solta, desta vez o Ryan se deu bem. Logo que começou a briga Ryan deu uma baiana no Macaco e caiu já na posição de "100 Kilos", nisso o Ryan deu uns soquinhos sem muita expressão e o Macaco ficou lá, parado praticamente sem reação, foi quando apareceu um terceiro "lutador", o Hulligan, que era um cachorro da raça pitbull, que se meteu entre os dois e fez uma tremenda confusão, então o Ryan se aproveitou e deu umas porradas no Macaco, que tentou alguns golpes também, mas não arrumou nada. Conseguiram tirar o cachorro de perto dos dois, e a luta continuou, o Ryan estranhamente cansou logo depois, e se afastou do Macaco dizendo: Tá bom, tá bom... Cada um foi para um lado, mas o destino ainda os colocou frente a frente, tempos depois.


 Róbson Gracie x Arthur Emídio

...Arthur Emídio só queria saber de capoeira. Tentei arrumar-lhe emprego, recusou. Era um artista, era um bailarino, era um matador. Não iria prostituir-se à toa em escritórios e balcões, tinha o seu ofício, a sua arte, o seu gênio.
– Está bem – eu lhe disse. – Vou lhe apresentar ao Hélio Gracie.
Os olhos de Emídio faiscaram como as pedras lisas do Rio Cachoeira sob os raios de sol.
– Você jura? O Gracie? O grande Gracie? O campeão do vale-tudo?
– Em pessoa.
– Você se dá mesmo com ele?
– Assim. Unha e carne. Ele me chama de Baiano. É Baiano pra cá...
– Ah.
Mas não foi fácil, a praça estava cheia de espertalhões, de falsos lutadores, de capoeiras que se dariam melhor em capoeiras de galinhas do que em ringues de tábuas duras, sem tatame, sem proteção atrás das cordas, ringues improvisados em barracões, ringues que pareciam montados no meio de um circo mambembe de praça de subúrbio.
– Olhe aqui, Baiano, nada feito – me disse Hélio Gracie.
– Mas campeão...
– Desculpe, Baiano, mas esses nordestinos são frouxos.
Às vezes têm físico, têm força e raça, mas não sabem dar um golpe, ignoram a técnica.
– O Emídio é diferente.
– Querem aparecer à nossa custa, ganhar uns trocados.
Esse negócio de capoeira é folclore baiano.
– Campeão, eu só lhe peço uma oportunidade para o Emídio.
– Oportunidade? Sem um teste na minha Academia ele não decola, não fatura nem pra média-com-pão-e-manteiga.
– Pois é o que eu quero, campeão. Uma exibição particular na Academia que é pro Emídio mostrar o seu valor.
O Hélio Gracie gostava de mim, marcou a exibição sem o menor entusiasmo, queria me ser agradável e olhe lá. O meu cartaz com ele era grande, mas confesso que tive de apelar para o meu amigo dentista, o Jaime, a quem ele não recusava favores. Consentiu, porém com uma condição:
– O teste é comigo mesmo.
Uma honra inesperada para Arthur Emídio, que conhecia de cor e salteado a fama de Hélio Gracie e que não cessava de contar a luta Gracie versus Kimura: o japonês meteu-lhe uma chave-de-braço que, se fosse levada até o fim, tirava tutano, deixava o osso exposto, mas o Gracie não bateu pedindo penico. Pois saibam, o Arthur Emídio não me decepcionou. Melhor dizendo, abafou, roubou o espetáculo, assombrou o pessoal que esperava uma luta-treino de dois ou três segundos com o Gracie triunfante e o baiano estatelado no chão. O jogo de Emídio era bonito: dançava, gingava, saltava, parecia esgrimir, suas esquivanças eram de espadachim ou de toureiro, sacudia as pernas de cabeça para baixo, apoiando-se no chão com as palmas das mãos, os pés pareciam amassar a cara de Gracie, mas Emídio freava a tempo o ímpeto, fazia-os recuar frações de polegada ou passar rente ao rosto encovado e ardente do mestre do vale-tudo. Ensaiou martelos, ensaiou rabos-de-arraia, mostrou que sabia bailar para bater, mas ficou na simulação, no simulacro, no meio do caminho, assim como quem não quer, mas vai chegando e prova que se for preciso ele completa a rasteira, aplica o martelo sem dó nem piedade, faz a armada-de-peito, não fica apenas no gesto e na intenção. Os dois de quimono movendo-se um ao redor do outro, o Hélio testando, oferecendo brechas, o Emídio se excedendo nos seus lances de ousadia.
– Este menino é bom – confirmou Hélio Gracie, enquanto enxugava com a manga larga do quimono o suor do rosto.
E a luta foi marcada. A Academia Gracie encontrava enfim um rival digno para um dos seus alunos: Arthur Emídio, capoeira baiano, versus Róbson Gracie, o mais baixinho, porém, o mais troncudo e o de temperamento mais orgulhoso, um rapaz taciturno, filho de Carlos, sobrinho de Hélio. Chamaram o Carlos Renato (cronista), o jornal Última Hora vendeu durante uma semana inteira, com chamadas na primeira página, entrevistas e artigos, "A Luta do Ano", "A Capoeira versus Jiu-Jitsu em Combate Mortal no Palácio de Alumínio", compre o seu ingresso antes que se esgote nas mãos dos cambistas. Eu era o manager de Arthur Emídio. Manager e treinador. Só que se dizia "toalhinha". Numa luta dessas o estado emocional conta muito, é meio caminho andado, por isso larguei o meu consultório por alguns dias, tratei de preparar o meu amigo e conterrâneo Arthur Emídio no plano físico e no plano psicológico.
– Arthur, e se o Róbson tentar lhe aplicar uma tesoura...
– Tem problema não, Zito. Eu me esquivo com um salto e respondo com um martelo fulminante.
Mestre Bimba lhe tinha ensinado o golpe. É, o baiano estava preparado. Fui adquirindo confiança, anunciei a luta, convidei amigos, arrastei pequenas multidões, os jornais fizeram o resto. O jornal "A Luta Democrática" lascou um manchetaço no dia da luta: "Hoje tem sangue no ringue". Seu concorrente,o jornal, O Dia, mais comedido, onde pontificava Santa Cruz Lima com sua cabeleira branca, falou em "Vale-Tudo da Selvageria", garantindo que o capoeira baiano e o representante da Academia Gracie iam entrar no ringue para bater de verdade, um dos dois podia sair carregado. Um coronel da Aeronáutica quis proibir a Luta do Ano, o cronista Carlos Renato lembrou a época dos ringues na Av. Passos e na Gávea, quando muitos lutadores, os mais felizes, saíam cegos ou com braços e pernas quebrados, fraturas expostas. Os amigos me perguntavam alvoroçados:
– O capoeira é bom mesmo, Zito?
– É o maior da Bahia e o maior do Brasil.
– Foi ele que desafiou Róbson?
– Não leu os jornais? Vai ser mole. Ele quase acaba com o Hélio Gracie na Academia.
– O Hélio Gracie? – e eles arregalavam os olhos.
Chegou o dia. Emídio garantiu em entrevistas que o Robson levaria um martelo no peito, assim que ficassem frente a frente no ringue, "e aí eu elimino ele". Washington Kruschewsky Sá, que estudava para advogado, ponderou em voz escandalizada: "Mas aí você pode matá-lo, pode ser processado!" Arthur Emídio sorriu. "Não quero matar ninguém. Vou bater só pra aleijar". Manuel Leal de Oliveira, mais prevenido, consultou uma baiana que jogava búzios nos Arcos da Lapa, ali na altura da Mem de Sá. "A luta será decidida numa fração de segundo", disse a baiana, lendo a mensagem esparramada nos búzios. Mesmo assim Manuel Leal não parou o dia inteiro de repuxar um fio do canto do bigode. Na semana seguinte, me contaram que um macumbeiro foi à tarde ao Palácio de Alumínio. Chamado por quem? Eu é que não fui. Chegou, olhou, fez as suas mandingas, as suas invocações, e "grudou" o ringue para logo mais à noite. O jornalismo esportivo do Rio começou a chegar, os trens desciam sem pingentes para os subúrbios, mas em compensação chegavam apinhados à Central. O Palácio de Alumínio, cheio de ambulantes que vendiam churrasco de carne de gato, pedaços de melancia e rodelas de abacaxi, pipocas e sanduíches de mortadela, parecia uma festiva estação ferroviária à espera do comboio com o presidente da República. O Palácio brilhava dentro da noite, era um Coliseu terceiro-mundista engolindo gente por todas as güelas, gente que ia pedir a morte do gladiador vencido.
Entramos no Palácio de Alumínio e eu levei o maior susto da minha vida, sentindo o coração murchar dentro do peito, um frio no pé da barriga, uma pressão doida na nuca. Era a sensação típica do sujeito que passa a vida numa das últimas filas de cadeiras do teatro, a observar o drama ou a comédia, a ver o filme, a se excitar com o rebolado da Virgínia Lane ou da Nélia Paula, e de repente se vê empurrado para o palco, tem diante de si um mar de rostos, os rostos das primeiras filas são os únicos visíveis, os outros formam indistinta e ondulante maré, e no entanto todos os rostos das primeiras filas são os únicos visíveis, os outros formam indistinta e ondulante maré, e no entanto todos olham para a gente, seguem nossos
movimentos, nossos menores gestos, esperam o que vamos dizer. Luzes jorravam em cima de mim, eu, o "toalhinha" de Arthur Emídio, eu, o treinador do capoeira baiano que ia enfrentar o temível Róbson Gracie, o pessoal da Academia sentado em cadeiras especiais do circo ou alí mesmo, num canto do ringue, o Arthur despindo o quimono, esgalgo moleque nas margens do Rio Cachoeira, cintura fina e músculos tensos, sorriso radiante, ah, o sorriso largo, os dentes alvos, ele está deslumbrado, pensei, é a sua primeira oportunidade, os flashes dos fotógrafos estouram, amanhã ele estará nas primeiras páginas, uma câmera de tv já foi assestada, Róbson é mesmo baixo, porém muito grosso de tronco e de pernas e tem a cara fechada, uma cara de quem sente raiva, um jeito soturno de animal ferido, o juiz chama os lutadores para o centro, a multidão silencia, uma fração de tempo, dois segundos, três segundos, nem sei mais, Arthur Emídio ainda sorria, o Palácio de Alumínio era um Anhembi, um Maracanã, naquele dia de Vasco x Flamengo! Durou pouco, quem sabe foi mesmo uma fração de segundo, o pequeno Róbson, que tinha sangue quente, pegou Arthur Emídio pelos ombros, rodou Arthur Emídio no meio do ringue e o estrangulou por trás, o rapaz ainda não tinha malícia, era ainda um ingênuo, ainda um deslumbrado, caiu nas tábuas com um baque que todos ouviram no Palácio e então Róbson Gracie, cheio de raiva, quebrou-lhe os dentes a pontapés e eu bati encerrando a luta, joguei fora a toalha, a multidão berrava "baiano frouxo", eu gritei para o Jaime (meu amigo) "vou embora, você cuide do Arthur", a multidão vaiava "baiano viado", só me lembro que saí correndo, todos os meus amigos estavam ali, o mulherio de Copacabana, moças lindas, gritavam o nome de Róbson, tive a certeza que uma meia-dúzia de homens queria me pegar.

(História enviada por Ronin)


A verdadeira história de Conde Koma

Uma interessante biografia de Mitsuyo Maeda (Conde Koma), de autoria de Norio Koyama. O livro se chama (em tradução livre) "O Sonho do Leão" e ganhou o prêmio de melhor livro de não-ficção da revista japonesa SAPIO. O autor visitou os lugares em que Maeda esteve (USA, Brasil, Cuba, Espanha, Inglaterra e etc.), entrevistou os imigrantes que o conheceram, pesquisou seus documentos escolares, etc. Vou tentar dar aqui um breve resumo do livro: Maeda nasceu em 1878 na província de Aomori (bem ao norte da ilha de Honshu) e não era de origem nobre, tendo sido um estudante medíocre; ele chegou em Toquio com 18 anos (1897), onde iniciou seus treinos em artes marciais, sendo que o Kodokan possui o registro de sua matrícula desse mesmo ano de 1897. Ou seja, não há nenhuma possibilidade de que ele tenha estudado Jiu-Jitsu tradicional - ele começou mesmo treinando judô Kodokan, e logo foi considerado o mais promissor dos estudantes de judô. Em 1904 ele e seu professor Tsunejiro Tomita foram aos EUA para demonstrações de judô, e ao contrário do que ele dizia, não se encontrou com o presidente Roosevelt na Casa Branca (na verdade, quem foi instrutor de judô de Roosevelt foi o lendário mestre Yoshitsugo Yamashita). Depois disso ele deu aulas de judô na Universidade de Princeton em NY, mas aí ele começou a aceitar desafios de lutadores de outros estilos (boxe, luta-livre e etc.), o que era estritamente proibido pelas regras do Kodokan. Nesse ponto, há uma dúvida: no fim da vida, o próprio Maeda dizia a outros japoneses que se arrependia de ter feito isso, pois por esse motivo ele tinha sido expulso do Kodokan, mas o autor da biografia não encontrou nos arquivos do Kodokan nenhum documento que provasse que tal expulsão tivesse de fato ocorrido. De qualquer modo, nesse ponto parece que acabam os laços de Maeda com o Kodokan e começa a carreira "artística" do Conde Koma. Ele passou a utilizar esse nome em 1908, na Espanha, para poder desafiar um outro lutador japonês de judô que estava por lá sem ser reconhecido: em japonês, o verbo "komaru" significa "estar em situação delicada" - o que era seu caso, pelo menos do ponto de vista financeiro - ele tirou a última sílaba da palavra e ficou apenas com Koma, acrescentanto a palavra "Conde" (em espanhol mesmo) por sugestão de um amigo espanhol. Ele participou de vários torneios de luta-livre, wrestling e etc. E, embora tenha perdido pelo menos 2 lutas, ele parece ter vencido na maioria das vezes (há poucos registros históricos confiáveis de suas lutas). Mas onde existem, esses registros nos dão uma informação preciosa de seu estilo de lutar: Ele geralmente atacava o adversário com "low-kicks" e cotoveladas (isso mesmo!!) para depois finalizar o mesmo no chão. Na vedade, esse era o estilo utilizado por muitos lutadores do Kodokan no início do século. Em relação ao Brasil, o livro traz informações (valiosas) apenas sobre o seu trabalho importante no auxílio de imigrantes japoneses e sobre sua vida pessoal (ele se natuaralizou brasileiro em 1931), mas pouca ou nada sobre as suas atividades de lutador por aqui. Por curiosidade, eu pedi a um amigo meu que mora em Toquio que passasse no Kodokan e tentasse descobrir mais sobre a carreira de Conde Koma no Brasil; para minha surpresa, ele me informou que um historiador amazonense chamado Rildo Heros Barbosa de Medeiros fez uma pesquisa histórica sobre o período de Conde Koma no Brasil que é oficialmente reconhecida pelo Kodokan.Com certeza isso seria de muita importância para todos os afixionados pelo Jiu-jitsu (mas nesse estudo há a informação duvidosa que o nome Conde Koma foi adotado por Maeda no México porque ele possuía um olhar triste (o verbo "komaru" pode realmente ter essa conotação); essa versão foi divulgada pelo própria Maeda no Brasil, mas na biografia que citei acima, é mostrado que essa informação parece não proceder). (Enviado por Skeptic)


Royler Gracie x Eugênio Tadeu (portas fechadas)

Bom, a história desse combate à portas fechadas começou ao que me parece no dia da luta entre Rickson e Hugo na praia. O que ficou acertado no dia é que o Eugênio lutaria contra o Rilion, mas o Eugênio não aceitou lutar contra o Rilion porque na época o Rilion era o número 1 da família entre os leves, já que o Rolls já havia morrido a alguns anos, e o Royler apesar de já ser faixa preta a 5 anos (na época), ainda não tinha uma técnica tão refinada como o Rilion. Bom a verdade é que o Royler com o espírito guerreiro de sempre, aceitou a luta. O Eugênio devia estar com uns 71Kg e o Royler uns 63Kg, ambos com 23 anos. Agora esquecí qual foi a academia, que eles lutaram, mas é aquela "famosa" da família Gracie. Senhoras e senhores tudo pronto, os artistas estão em cena, mas vamos citar alguns dos convidados: Brunocilla, Hugo Duarte, Rickson Gracie, Reyson Gracie, Róbson Gracie, Rolker Gracie, Renzo Gracie, Ralph Gracie, Marcelo Bhering e outros. Rickson Gracie pede silêncio a todos e começa a explicar as regras do combate e aproveita para falar que aquilo é um evento e não uma briga e que todos devem ter consciência que devem estar unidos para levantar este esporte para que ele se torne profissional e no futuro possa render um bom dinheiro para todos (lembro, que nesta época, Rorion nem pensava em criar o UFC). Explicado tudo, Rickson diz que sabe que o pessoal da luta livre não vai pedir pra parar o combate e que os de fora devem ficar calados e parar a luta se achar que o seu atleta já está suficientemente machucado. Rickson dá o comando de início de luta, os lutadores se cumprimentam e a "peia" começa. No início eles se estudam, Royler dá alguns pisóes na coxa de Eugênio, Royler tenta derrubar, Eugênio espalha e os lutadores se levantam, Eugênio acerta boas sequência de socos no rosto de Royler e percebendo que o Gracie sentiu os golpes, cata a perna de Royler e lhe dá uma rasteira derrubando-o no chão, mas Royler mostra agilidade e se levanta, Royler dá mais alguns pisões e acerta um bom direto de esquerda no rosto de Eugênio. Eugênio encurrá-la Royler e joga no banco quase caindo no colo de seu primo Róbson, este se afasta e a luta continua alí mesmo, Royler consegue sair dalí, mas Eugênio aproveita e dá uma baiana em Royler que cai com as costas no tripé de uma filmadora que registrava o combate. O tripé é retirado dalí, mas a luta não para, Eugênio tenta passar a guarda de Royler, mas o Gracie pôe os ganchos e Eugênio se levanta dando a oportunidade de Royler voltar em pé, seguem os pisões de Royler em Eugênio, de repente uma troca de socos e Eugênio leva a melhor derrubando Royler, Eugênio emborca em Royler, mas o "Gracie Guerreiro" se levanta de novo e voltam em pé, Eugênio aproveita e desfere um soco que acerta Royler em cheio, Royler cai e desta vez coloca Eugênio na sua guarda (5 minutos), Eugênio se levanta e a luta volta em pé, uma troca violenta de golpes e Royler é nocauteado, dobrando as pernas e caindo, Eugênio vai pra cima, mas Royler consegue colocá-lo na meia guarda, Royler repõe a guarda, Eugênio começa a bater de dentro da guarda, mas Royler bloqueia bem os golpes, Várias cabeçadas de Eugênio em Royler, mas nenhuma pega em cheio, Eugênio se levanta e dá um chute que passa a centímetros do rosto de Royler que aproveita e quase acerta duas pedaladas em Eugênio, eles voltam a lutar em pé, (8 minutos), o ritmo cai, parecem cansados, boa esquerda de Eugênio, Royler responde com uma direita em cruzado, Eugênio vai pra cima e Royler puxa pra baixo fazendo guarda, Royler acerta os rins de Eugênio com o calcanhar, a luta fica meio parada de novo, (11 minutos), continuam parados, alguns socos sem efeito de ambas as partes, (17 minutos), Eugênio selevanta e Royler vem junto, estão se estudando, alguns jabs de Royler, pisões de Eugênio e só, (21 minutos), uma troca de socos, Royler se abaixa e coloca Eugênio na guarda de novo, o rosto de Royler já está bem ferido, mas ainda assim dá alguns socos na orelha de Eugênio, mas sem muito efeito, de repente Rickson diz: Tá bom né Royler? Royler responde: Pra mim não!!! Rickson diz: Então tá limpo, continua..., Royler se enche de vontade e diz: Agora eu vou te matar!!!, coloca um gancho na virilha de Eugênio e raspa o atleta da luta livre, neste momento alguém fala: Passa Royler... e Rickson diz: Não quero palpite, cada um sabe o que vai fazer aí!!! Nisso, Royler alcança a montada, mas Eugênio escapa por baixo das pernas de Royler, que atônito vê a luta recomeçar no alto novamente, Royler tenta derrubar Eugênio, mas não conseguindo o coloca na guarda de novo, (25 minutos), Eugênio se levanta novamente, mas Royler já preparado vai no calcanhar de Eugênio e o derruba, ambos agora estão de lado tentando pegar o pé, Royler dá um soco de direita e mais uma pedalada, Royler vai pra cima de Eugênio que por mágica supina Royler, jogando-o para trás, voltam em pé, já com uma boa troca de socos de ambas as partes, Royler puxa de gancho, Eugênio se levanta e Royler vem junto (27 minutos). Eugênio vira para os expectadores e desiste da luta (ouça este momento clicando aquí). Rickson diz: Ninguém põe a mão nele...Royler diz: Olha pra câmera e pede pra parar! Eugênio vira pra câmera e desiste. Neste momento Marcelo Bhering diz: Continua porra, isso aquí é porrada até o fim!!! Neste momento Royler aproveita e avança nas pernas de Eugênio que sem saída decide continuar no combate, Royler não consegue levar Eugênio para o chão, agora Eugênio sai empurrando Royler pra cima dos expectadores, agora Eugênio está em pé e Royler está sentado no banco dos expectadores, eles voltam para o meio, Royler inverte a coisa e leva Eugênio a se sentar no banco do sexpectadores, Eugênio pega as pernas de Royler e aplica a mais bonita queda da luta (29 minutos). Rickson diz pra Rolker fechar as janelas. Agora, Eugênio está na guarda de Royler, a luta está novamente bem parada, golpes sem efeito de lado a lado (33 minutos), Eugênio levanta, Royler vem junto, estão se estudando, Royler tenta derrubar Eugênio duas vezes, mas Eugênio se defende bem, Royler tenta de novo, desta vez os dois estão por cima do banco dos expectadores (incrível!!!), Royler puxa para trás e voltam em pé, Eugênio dá uma bomba de direita no rosto do Gracie, Royler balança e cai, mas já fazendo guarda, Eugênio levanta e Royler vem junto (36 minutos), Royler tenta derubar de novo, mas Eugênio se defende bem das entradas, estão em pé e quase parados, de repente um grande barulho na parte de baixo da academia, Rickson se assusta e diz: Rolker, vai lá pra baixo e dá porrada em qualquer um, sai bicando mesmo....Rolker ignora a ordem do irmão mais velho e toma uma bronca: Vai logo Rolker, tá esperando o que, porra??? Os dois continuam em pé e quase parados (42 minutos). Ambos estão muito cansados alguns pisões de Royler e chutes de Eugênio, nada mais (46 minutos). Na falta de combatividade de ambos, Rickson fala pra parar de filmar e encerra a luta. Royler está com o rosto muito machucado e Eugênio está rindo de orelha a orelha, e dizendo: Qualquer coisa é só chamar, precisando da gente, nós estamos aí pra isso mesmo!!! Royler está visivelmente derrotado, no seu semblante está a máscara da derrota. Rickson faz um discurso final de agradecimento e atiça uma luta entre Renzo Gracie e Marcelo Mendes, mas isso é uma outra história.

(Enviado por Mr. Jávitudo)


Marcelo Tigre ensina o "Marketigre" à Rickson.......

Ao encontrár-se com Rickson Gracie no Japão o "cabra da peste" Marcelo Tigre aproveitou a rápida conversa que teve com o Gracie para mostrar o seu poder de marketing, ou melhor o "marketigre", então vamos ao diálogo:

Tigre : Rickson, estou com uma grande idéia na cabeça para promover mais a minha academia e conseguir mais alunos.

Rickson : Vamo lá, qual é a idéia?

Tigre : Eu pensei em fazer uma camisa escrito o seguinte: "Se você quer aprender o mais puro jiu-jitsu, técnicas refinadas de combate e filosofia para toda uma vida, vá treinar com Rickson Gracie" e nas costas da camisa vou escrever assim: "Mas se você quer aprender a dar porrada, instinto animal, ignorância e brutalidade venha treinar com Marcelo Tigre"


A briga entre Wallid Ismail e Édson Carvalho

Esta é a versão apresentada por Wallid Ismail, em entrevista à revista Tatame nΊ 4:


"(...) eu passei no Medhi oito e dez da manhã mais ou menos e estavam o Ricardo e o Édson. Eu achei estranho; o Édson não treina de manhã, treina à noite. (...) o Ricardo veio com uma carta que o Carlson tinha mandado para o Brasil dizendo que tinha recebido um proposta para treinar o Marco Ruas, que a proposta era boa mas que o Ruas, por não ser do Jiu Jitsu, não ia treinar com o Carlson.
Quando eu estava discutindo e olhando para o Ricardo, veio o Édson pelo lado e me deu o maior socão na cara. Mas só que não pegou direito, eu ainda consegui cinturar o Édson e botar para baixo. Ele, forte esperneou, ficou meio em pé, eu cinturei e botei para baixo de novo. Aí veio o Medhi correndo "eu não quero briga aqui", e me puxaram de cima do Édson.
Tiraram agente da Academia e o Medhi fechou a porta e me deixou no corredor com o Édson e com o Ricardo. Eu cinturei o Édson, e o Ricardo por trás não deixando eu cinturar, empurrando o Édson para cima de mim. Foi aí que eu gritei: "Medhi, o Ricardo está ajudando o Édson! São dois contra um!" Aí o Medhi abriu a porta e disse que era para o Ricardo não se meter. (...) O Medhi repetiu que não era para ter briga. Pensei que o cara fosse parar a luta e larguei o Édson e o Medhi fechou a porta de novo. Foi quando o Ricardo me empurrou, o Édson cinturou na minha bermuda e os caras tacaram minha cabeça na parede e fiquei totalmente perdido. Ainda tentei mas já estava sem força nenhuma. Me botaram para baixo, pisaram na minha cabeça, me chutaram, veio o Édson, montou, bateu, chutou minha cara, pisou nas minhas articulações. Me jogaram escada abaixo, bateram mais um pouco. Nessa eles viram que as pessoas saíram correndo.
O Ricardo ajudou o Édson no começo, tacou minha cabeça na parede. Depois foi só o Édson, eu vendido, e ele me batendo. No final o Medhi abriu a porta de novo, tava só o Édson lavando a alma."Saldo 20 pontos na cabeça, os 2 olhos massacrados, a orelha direita cortada e escoriações.


Hélio Víggio x Adão

Essa história é bem antiga, e vou relatar o pouco que conseguí apurar sobre este combate entre o eterno delegado de polícia Hélio Víggio e o afamado capoeirista Adão, que frequentava a Lapa (bairro do Rio de Janeiro) ...e foi lá na Academia, ali embaixo do Foto Ávila, se não me engano, que ouvi falar de uma luta famosa, Adão versus HélioVígio. O Hélio Vígio naquele tempo lutava bem, era na minha opinião o mais técnico dos alunos da Academia Gracie. Adão, malandro da Lapa tão famoso quanto Madame Satã, havia lutado boxe e fazia um pouco de tudo na vida. Sempre na fila dos que querem arranjar uns trocados, ele teve o topete de desafiar Hélio Viggio. Fizeram um estardalhaço na imprensa, o Carlos Renato, do jornal "Última Hora", deu chamadas na primeira página, o mulherio de Copacabana desceu em romaria para ver a luta, não me lembro direito se foi no Palácio de Alumínio, pertinho da Central do Brasil – mas o Viggio perdeu. Perdeu, sim. Levou uma bruta gravata de Adão, mais apertada do que corda em pescoço de enforcado, e teve comoção cerebral. Recuperado, ficou imprestável para os ringues, foi ser treinador de futebol ou coisa parecida e mais tarde delegado, para azar dos que fazem o comércio de cocaína.

(Essa história foi contada por Zito)


 Rickson vence 36 de uma vez e ainda fatura uma grana

No mais recente evento FCF, Kipp Kollar, disse que após assistir Rickson Gracie vencer 36 caras em fila, em combates sem regras no mesmo dia, acha ridículo as pessoas dizerem que não acreditam em suas mais de 400 vitórias. Em 1994, enquanto estava treinando na academia de um amigo, eu ví um empresário pagar U$100.000,00 para assistí-lo e filmá-lo vencer 36 lutadores que lá estavam (inclusive eu). Existe um vídeo que corre por aí, de alguns anos atrás, que mostra o Rickson enfileirando vários wrestlers (um após o outro) e eu tenho esta fita. Isto foi um encontro casual para todos alí, aquelas pessoas que lá estiveram pediram, mas não conseguiram depois ver esta fita.

(Enviado por Wray Gun).


Rickson Gracie x Rei Zulú

Para muitos, este foi o maior desafio de Rickson, em sua carreira no vale tudo até hoje. Rickson admite em entrevistas que foi uma luta duríssima, mas ainda enaltece o lutador Equada como seu maior desafio em lutas de vale tudo, mas o Magapi na semana do seu aniversário e também para comemorar a marca de 10.000 acessos a este site, presenteia seus visitantes com uma descrição do que de melhor aconteceu na revanche entre Rickson Gracie e Rei Zulú. ...ano de 1983, Maracanãzinho lotado, o palco perfeito para um dos grandes momentos do vale tudo na década de 80. É anunciado o nome de Rei Zulú, 34 anos, com 1,90m de altura e 102Kg, o gigante negro adentra o ringue já fazendo todo aquele espetáculo, que lhe é peculiar. Ele se joga no chão, dá uma cambalhota, vira pra lá, vira pra cá, fica movendo os ombros sem parar, enquanto os espectadores jogam várias bolinhas de papel para dentro do ringue, ele nem liga pra isso. È então anunciado o nome de Rickson Gracie, 23 anos, com 1,78m e 80Kg, que entra na formação do "trenzinho Gracie" tendo a frente seu irmão Relson, logo atrás seu pai Hélio, depois Reyson, Rolker e outros familiares e amigos, neste combate Rickson foi patrocinado pela "Modus RioSport". O juiz do combate chama os dois lutadores para o centro do ringue, explica mais uma vez as regras básicas do combate e dá início a luta...a luta começa com Rickson meio assustado com as brincadeiras de Rei Zulú que se limita a ficar brincando de uma lado para o outro mantendo distância do Gracie ...Zulú tenta dar um chute em Rickson, que aproveita o momento e acaba cinturando o lutador maranhense (1 min.) ...Rickson dá duas joelhadas na barriga de Zulú que usando toda a sua força levanta Rickson e o joga no chão, caindo na guarda do Gracie, que começa atacar Zulú com vários golpes desferidos com o calcanhar nos rins do adversário, Zulú dá uma, duas cabeçadas, mas não pegam em cheio, Rickson continua golpeando Rickson com os calcanhares nos rins, Rickson tenta se levantar mais Zulú é muito pesado e o mantém no chão (2 min.) ...Neste momento, a luta está um pouco amarrada, com Rickson apenas golpeando os rins de Zulú com o calcanhar e Zulú apenas amassando Rickson (3 min.) ...a fata de combatividade dos lutadores, irrita a platéia que começa a jogar bolinhas de papel, e copos com água no centro do ringue, Zulú afasta a perna direita e tenta alcançar a meia guarda, mas Rickson é mais rápido e rechassa a intenção de Zulú, que acaba voltando para a guarda dele, (4 min.) ...Rickson tenta se levantar, mas Zulú com toda a sua força não deixa, Rickson continua com os calcanhares, martelando os rins do lutador maranhense, Zulú enfia o dedo nos olhos de rickson e é advertido pelo juiz, ...atenção!!!, Rickson está raspannnnndo Zulú, que se vira todo e impede a raspagem, mas Rickson se aproveita e sai de baixo de Rei Zulú, Rickson emenda uma tentativa de baianar Zulú, que espalha todo o seu corpo para trás e impede Rickson de derrubá-lo, agora Zulú cinturou Rickson e começa a levantá-lo novamente (6 min.) ...nesse momento, Rickson parece um brinquedo nas mão de Zulú, que o levanta do chão como quer, mas Rickson reage e dá um vôo nas pernas de Zulú, mas o maranhense defende-se bem e impede o ataque do Gracie espalhando as pernas para trás, Rickson esperneia e se levanta, Zulú aproveita e dá um chute frontal que pega de raspão na cabeça de Rickson, que leva a mão a cabeça, achando que alí havia sangue... (7 min.)...Agora, ambos estão de pé, Rickson está bem postado no ringue, mas Zulú parece estar numa festa, balança os ombros, a cabeça, dando idéia que está embreagado (8 min.) ...Rickson fecha a distância e agarra Zulú, mas este utiliza a sua força e já se desvencilha do Gracie levando-o para o chão, Rickson consegue colocar Zulú na guarda, que apenas se agarra ao oponente mais leve, a luta fica muito amarrada, ...fim do primeiro round e Zulú levou boa vantagem pelas duas quedas que deu em Rickson...Começa o segundo round, Zulú continua brincando com Rickson, mas o Gracie sai correndo em direção de Zulú e tenta cinturá-lo, Rickson desfere uma boa joelhada no abdomen de Zulú, Rickson tenta derrubar Zulú, mas toma uma contra-queda, Zulú cai quase montando, Rickson esperneia e consegue a meia guarda...(1 min.) ...Zulú se posiciona mal em cima e Rickson repõe a guarda, Rickson tenta estrangular Zulú, com um katagatame invertido, mas Zulú bloqueia sua tentativa, Rickson começa a movimentar o quadril e consegue uma brecha, parece que vai passar para as costas de Zulú, o gigante negro tenta evitar, mas Rickson é muito rápido e mostra boa habilidade neste momento da luta, Zulú é muito forte e continua tentando evitar que Rickson ganhe essa posição...(2 min.)...Rickson finalmente domina a posição e agora começa a dar com os calcanhares no estômago de Zulú,, que sente os golpes e tenta desesperadamente se virar para o lado, Rickson acompanha o movimento e como "uma sucurí da amazônia, domina a sua presa"...(3 min.)...agora é questão de tempo, Zulú está desesperado, e tenta enfiar o dedo nos olhos de Rickson, mas o juiz o adverte, Rickson ataca com o mata-leão, Zulú ainda resiste por alguns segundos, mas na eminência de perder os sentidos desiste do combate, batendo três vezes no braço de Rickson, que é declarado vencedor. No dia seguinte à luta, Zulú só conseguia urinar sangue, consequência dos vários golpes desferidos por Rickson, com o calcanhar. Parte deste combate, pode ser visto no site www.canal100.com.br na seção "História - Anos 80". Hoje em dia, Rei Zulú está com 52 anos, mora em São Luiz, no Maranhão e "continua na ativa", ano passado foi derrotado no Piauí pelo lutador de kung-fu Wellington Dourado, quando caiu fora do ringue (as cordas estavam frouxas) e bateu com a base do crânio no chão, desmaiando no mesmo momento, mas Zulú se recuperou e venceu no início desse ano na Paraíba, o capoeirista Mestre Barros, no 9Ί round por desistência. Rickson Gracie está com 41 anos, mora na Califórnia - EUA, onde ensina jiu-jitsu e lutou pela ultima vez a um ano e dois meses contra o japonês Masakatsu Funaki, vencendo-o com um mata-leão aos 9 minutos do primeiro round.


Kimo finaliza o ainda desconhecido Sakuraba

Ano de 1995, o evento S-Cup realizado no Japão, colocou frente a frente, o até então desconhecido do público mundial, Kazushi Sakuraba 27 anos , 1,79m pesando 90 Kg, contra o já conhecido e folclórico lutador havaiano Kimo Leopoldo 28 anos, 1,85m pesando 115 Kg, vamos a narração do que de melhor aconteceu no combate: ...o juiz do combate repassa as regras a cada um dos lutadores e dá o comando de início da luta...Sakuraba bem agressivo tenta derrubar Kimo segurando suas pernas, o havaian tenta espalhar as pernas para trás, porém acontece o inevitável, Sakuraba derruba Kimo com um single-leg, o havaiano consegue colocar o japonês na sua guarda e agora tenta dar uma guilhotina em Sakuraba, o japonês resiste bem, tira a cabeça, mas Kimo explode com tudo e sai de baixo carregando o japonês consigo, Kimo tenta novamente a guilhotina, parece que está bem encaixada, o combate está muito movimentado de ambas as partes, Kimo desfere uma joelhada na cabeça de Sakuraba, o japonês se abaixa e tenta dar outro single-leg no havaiano...(1 min.), mas desta vez Kimo se defende bem e empurra Sakuraba para baixo e vai para as suas costas, mas sem colocar os ganchos, a situação é difícil para o japonês, Kimo começa a dar socos com a mão aberta na cabeça de Sakuraba, e agora (meu Deus o que é isso???)...Kimo começa a dar cabeçadas na nuca de Sakuraba, que atônito não sabe o que fazer, Kimo domina amplamente o combate neste momento, o havaiano coloca os ganchos e gira com Sakuraba, já tentando o estrangulamento, (que luta senhoras e senhores!!!)...Sakuraba consegue girar com o quadril e se livra da posição (é tudo muito intenso neste combate!!!)...Kimo o coloca na sua guarda, mas logo em seguida explode mais uma vez, esperneando tudo que tem direito e sai de baixo, mas Sakuraba pega Kimo na guilhotina, parece que está encaixado, Kimo consegue esgrimar e da uma queda em Sakuraba, que gira rapidamente dando as costas mais uma vez para o havaiano...(2 min.), então Kimo aproveita e desfere um soco na cabeça de Sakuraba e outro e agora nas costelas, mais um, a luta fica assim, sem reação por parte do japonês, de repente Sakuraba se encolhe todo e tenta pegar o calcanhar de Kimo, pegou mesmo...(3 min.), agora Sakuraba tenta derrubá-lo; o havaiano é guerreiro, mas não evita a queda, agora Sakuraba está por cima, Kimo tenta afastá-lo colocando o pé na virilha, Sakuraba se posiciona para passar a sua guarda, mas se movimenta mal, e Kimo já está na sua lateral e vai tentar pegar as costas, (que combate!!!)...Sakuraba tenta um ataque no braço de Kimo (aquele que deslocou o ombro de Renzo), mas Kimo é muito mais forte e evita o golpe, só na grosseria e continua nas costas do japonês...(4 min.), Kimo coloca os ganchos, Sakuraba vira de lado, Kimo está quase montado e coloca uma espécie "mata-leão misturado com katagatame", a situação de Sakuraba é ruim ele parece muito cansado, tenta resistir, mas desiste inapelavelmente...Kimo vence aos 4:22s do 1R, numa ótima luta, muito movimentada. Kazushi Sakuraba está hoje com 34 anos, 6 Kg mais magro, mora no Japão e, é uma das grandes estrelas do vale tudo atual, já tendo sido campeão de um torneio do UFC e derrotado vários representantes da família Gracie, além de Vitor Belfort, Carlos Newton e outros. Kimo Leopoldo está com 35 anos, mora nos EUA e não lutava oficialmente desde outubro de 1997, quando empatou com Dan Severn na primeira edição do Pride, mas fez seu retorno aos ringues no ano de 2002, no WFA e venceu.

(Enviado por Flávio Ioshihiro)


Édson x Wallid - A versão do Prof. Medhi

"O depoimento do Prof. Medhi à revista Kiai nΊ19 - ano 4"

A briga começou dentro de minha academia. Eu mandei parar, eles obedeceram mas logo em seguida voltaram a se atracar. Foi horrível. Aí, mandei que fossem para o lado de fora da academia pois minha academia não é lugar de brigas. Como eles não se soltavam, fui obrigado a empurrá-los para fora da academia e fechar a porta, chamando a polícia em seguida. Continuaram do lado de fora, a polícia demorou muito a chegar, a briga rolou por mais de meia hora no corredor. Em alguns momentos, abria a porta e tentava interromper, mas era como separar uma briga de cachorros. Edson não obedecia, então falei: "Wallid, pede para parar". O Wallid respondeu: "Nem morto!". É IMPORTANTE LEMBRAR QUE EM NENHUM MOMENTO O RICARDO, IRMÃO DE EDSON, AJUDOU. OS DOIS BRIGARAM SOZINHOS. Chegaram dois policiais que foram buscar reforços. Foi ai que Edson foi embora, e eu peguei o Wallid, COMPLETAMENTE DESFIGURADO. E com ajuda de outros alunos, limpei-o no vestiário, sendo então levado para o hospital.

Finalizando: "Recebi ameaças, por parte dos amigos de Wallid, durante uma semana, dizendo que iam quebrar minha academia. Não tenho mais idade para essas coisas."

Wallid Ismail está com 34 anos, mora nos EUA e tem lutado n Japão ultimamente e tendo um relativo sucesso. Édson Carvalho está com 34 anos, também mora nos EUA (Nova Jersey), onde ensina jiu-jitsu e submissionfighting. Além disso, ministra vários seminários sobre lutas pela américa. Conquistou a opa do N=Brasil de Jiu-jItsu no ano de 2002 (categoria master)

(Enviado por Jera Misera)


Marcelo Tigre " O incentivador "

O Tigre é um daqueles lutadores que se não existisse teria que ser inventado, porque o cara além de ter um espírito guerreiro do c..., é o lutador mais engraçado que conheço, e esta passagem dele que vou contar agora retrata bem o lado folclórico de Marcelo Tiger.

O cenário desta vez é a Blaisdell Arena no Havaí, o evento, é o Superbrawal 13 e Tigre atrasado como sempre começava a preocupar seu aluno Lincoln e seus segundos, pois já estava na hora da luta e nada do Marcelo chegar, e olha que ele tinha uma importância muito grande nesse dia , pois como já disse um dos seus pupílos (Lincoln Tyler - representante do Team Tiger - HI) lutaria no evento. Bom pra resumir a história, o Tigre não chegou a tempo e o Lincoln entrou para lutar, começou mal no combate, levando a pior mesmo, até que acabou sendo nocauteado pelo adversário, mas como o Tigre sempre diz: "Isso aí é café pequeno...", Lincoln se levantou e continuou no combate, mas seu advesário continuou dominando as ações. Foi quando então chegou ao ginásio, o folclórico Marcelo Tigre e nem bem se ajeitou no canto do córner e já viu seu aluno levar uma verdaeira bomba no meio da cara, Lincoln quase caiu, mas foi aí que o "Tigre saiu da jaula". Vendo que seu aluno estava em má situação, Tigre já preocupado, viu que a única forma de incentivar seu aluno, era apelar para o lado psicológico, então começou a gritar, assim: "Lincolnnnn, Marcelo Tiger is here, Marcelo Tiger is here....Hey, Lincoln, I'm here, I'm here,....Marcelo Tiger is here... Coincidência ou não, Lincoln que vinha muito mal na luta e estava praticamente à mercê de seu adversário, virou a luta, finalizando seu adversário com uma chave de calcanhar que levou o ginásio e seu professor Marcelo Tigre à loucura. Após a luta, Lincoln ainda parecia estar sob algum efeito hipnótico, aponto de Marcelo Tigre pedir pra ele: Relax, relax...


 Ricardão Moraes: "Para esse avião, eu quero descer p..."

Essa aquí é boa galera. Início da década de 90 e o nosso amigo Róbson Gracie, convida o até então desconhecido Ricardo Moraes para lutar num evento em Moscou, na Rússia. Na época o Ricardão trabalhava como segurança e na ânsia de aumentar a sua renda, já que ele faturava R$500,00 por mês. Então, o Róbson foi até o Ricardo, que na época era faixa azul e o convidou para esse evento, dizendo o seguinte: "Olha Ricardo, você vai fazer uma luta lá na Rússia e pronto. As regras são essas aí que agente tá acostumado, então num tem problema e vê se não se esquece que lá tá frio hein??? O Ricardo ficou animado e concordou com tudo rapidamente, mesmo sem saber ao certo quanto lhe pagariam. No dia seguinte, o Róbson liga para o Ricardo e diz: Olha Ricardão, na verdade você vai fazer 2 lutas, tá bom? - O Ricardo, já "meio cabrero" diz: Tá bom seu Róbson, agente encara... Aí, chegou o dia do embarque, e o Ricardão aparece no saguão do aeroporto, atrasado e de bermuda. O Róbson não perdoou e soltou o verbo pra cima do gigante: Porra Ricardão, de bermuda??? Eu num te falei que lá tá frio pra caramba?? - O Ricardo ainda meio sem jeito pediu desculpa e disse: Tudo bem, eu aguento...Foi quando o Róbson aproveitou a deixa e disse: Olha Ricardão, "efetivamente" serão 3 lutas viu? - O Ricardo arregalou os olhos e disse: "Pô, assim eu já num sei se vai dar, eu nem tive tempo de me preparar direito...eu acho melhor agente.... - Ihhhh, que nada rapaz, agente tira isso de letra - disse Róbson Gracie. Finalmente os dois ouviram o chamado do vôo e foram para o avião. O Ricardão com seus 2 metros e pouco chamou a atenção e todo mundo até porque estava indo para a Rússia de bermuda!!! Alguns minutos depois o avião decolou rumo `a Moscou foi quando o Róbson virou para o gigante Ricardão e disse: Olha Ricardão, tem um "detalhe" que faltou eu te falar. É que "no duro" mesmo são 4 lutas que você vai fazer... Niss o Ricardão se levanta, soltando o cinto e com os olhos arregalados e diz em voz alta: Para esse avião, eu quero descer, porra!!! Os passageiros ficaram assustados, as levaram na brincadeira, já que o Róbson conseguiu acalmar o gigante, que ficou falando o tempo todo durante a viajem, de tão nervoso que ficara. Horas e mais horas depois o avião chega à Moscou e no desembarque o Róbson olha para o Ricardão e diz: Olha Ricardão só tem mais uma coisa que eu não te falei, é que "para ser franco".... - Ahhh, já sei, Róbson, na verdade são 5 cinco lutas, né? Então que se f.... Eu vou meter a porrada nesses f.d.p. porque eu já tô na m... mesmo!!! Bom galera chegou a hora do evento e o Ricardão foi vencendo seus adversários na base da superação e chegou a final contra Ilioukini "Misha" Mikail e acabou vencendo o torneio, na desistência do russo após uma saraivada de socos, que quando batia na cabeça de Misha, dizia: Inferno, Inferno, guerra, guerra...


Sakuraba, tirando onda com o Royler antes da luta

Dias antes da luta contra Royler Gracie, pelo Pride 8, Kazushi Sakuraba deu uma entrevista muito polêmica à revista japonesa Proresu, veja agora, algumas das declarações do japonês, na entrevista:

" O Royler pediu para lutar comigo eu aceitei, depois pediu para mudar as regras do combate e novamente eu aceitei. O Royler é muito teimoso, agora a regra é especial por causa dele, em todo caso, ele é sempre um filho da p..., isso aqui não é brincadeira, filho da p..."

" É, ele pediu muito dinheiro e ainda depois, mudou as regras, incrível. Ele é que pediu para lutar comigo e deveria ter aceitado as regras normais do Pride "

" Na verdade eu não estou com muita raiva dele, a minha raiva é por que ele usou o nome Gracie para mudar as regras, para melhorar sua situação "

" Eu quero bater muito nele e se eu ganhar nas regras dele, ele nunca mais irá pedir regras especiais, o Royler é muito egoísta "

" É possível que ele esteja querendo empatar. O pessoal da Gracie só luta com lutadores fracos "

" A cabeça do Royler depois da luta vai ficar igual a um balão, depois eu furo e ele vai parar no Brasil "

Se você conhece uma boa história sobre artes marciais envie para: superfaixapreta@bol.com.br