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Aquí vocês encontrarão histórias sobre vale tudo, jiu-jitsu e lutas marciais em geral, se você conhece alguma boa história sobre artes marciais, envie por email: magapi@tutopia.com.br

 

........................................" Arquivo com 27 histórias "

 


A confusão entre The Pedro e Jorge Pereira

Foi no Universal Vale Tudo Fighting, que esses dois se pegaram pra valer. O Jorge Pereira partiu pra cima do The Pedro!!! O The Pedro tinha desafiado o Jorge (que era até então, o detentor do título) em cima do ringue na edição anterior. Quando o Jorge viu o The Pedro chegando no ginásio, virou para o Paulo Coelho e falou assim: "Segura minhas paradas aqui, vou ensinar um pouco de respeito para esse cara". Nisso, ele já colou no The Pedro e foi logo entimando com a seguinte pergunta: "Tu tá afim de sair na porrada comigo, né? Que porra é essa de me desafiar? Como quem cala conscente... O Jorge Pereira partiu pra cima do The Pedro sem se preocupar com um possível possível "transbordamento da sua honra". Foi "mano-à-mano", brabo!!! Porrada pra tudo que é lado, mas ninguém perdeu sangue nessa história. O pior, é que os seguranças tentavam separar e batiam de frente com um monte de cascudos... Pergunta se alguém botou a mão... Atualmente Jorge Pereira e The Pedro estão com 36 anos. Jorge lutou pela última vez no WEF nos EUA, ano passado e The Pedro lutou contra Assuério Silva este ano no Meca-5.


Judô vs Família Gracie

Quando o Rickson e o Royler foram treinar com o pessoal da Seleção Brasileira de Judô, para aprender as técnicas de queda que lhes faltavam, os atletas do Judô, achando que eles eram uns "galinhas mortas" pelo fato de os dois se deixarem derrubar à vontade (afinal, não estavam lá como Mestres, e, sim, como aprendizes, e aí meio que "esconderam o jogo"), enfim, os caras do Judô entraram "numas" de que "era mole". E caíram na cilada de entrar naquele Campeonato Carioca de JJ na EsefEx, na Urca. E logo frente a quem? Rickson e Rilion (e não sei por que o Royler não lutou, mas acho que era porque o Rilion era mais da linha de frente da família nesses assuntos, na época), sendo que os dois estavam propositalmente no peso dos atletas de Judô que resolveram ir lá testar "o tal do Jiu-Jitsu". Não me lembro de todos os detalhes, e não sei o nome do cara que lutou contra o Rilion no Absoluto. Só sei que ele tinha mais de 1,90 de altura (a cabeça do Rilion batia no peito dele) e a diferença de peso entre os dois era de mais de 30 quilos (!!!) — e sua postura arrogante era proporcional ao físico. E o Rilion levou umas quatro daquelas quedas típicas de "Judô contra leigos" — e nem me cobrem nada além disso, porque nunca treinei Judô e nem sei os nomes corretos em japonês, teve aquela em que o cara te lança pra cima sobre o ombro; e ele aplicava a queda tão bem que o pé do Rilion ia lá em cima e ele caía de cabeça para baixo, depois sendo jogado com toda a força no chão, de costas, e o mastodonte ainda caindo em cima do nosso pobre magrinho de 60 quilos. E sempre com o cuidado de fazer a entrada em queda na beirada do dojo, para evitar qualquer reviravolta, pois nesse caso ele poderia sair do dojo e recomeçar em pé, no centro, e antigamente, com a enormidade de verba disponível (e da mentalidade reinante...), o limite do dojo da competição era o fim do tatame, e dali pra fora era chão duro. Todas as vezes que o Rilion foi jogado de 1,90m de altura ele caiu direto no chão, fora do tatame. Mas, após esse show de amassamento de esqueleto, logo depois de uma dessas quedas o Rilion achou o pé do cara, e aí galera, ele virou o joelho do cara pro lado do inferno, e o sujeito saiu carregado do dojo. Se ele (o judoca) ganhasse, iria para a final com o Rickson, que se inscreveu no peso e no Absoluto, onde mais ninguém do JJ entrou, pois era para deixar rolar o confronto do Judô vs Jiu-Jitsu, somente entre os caras.

(Enviado por Anderson Zonatto - Curitiba)


Sérgio Penha: O homem que "quase" venceu Rickson

A história de Rickson Gracie vs Sergio Penha: Na época Sérgio tinha pouco tempo de treinamento (uns 4 anos), porém ele treinava duro, por volta de 5 horas por dia, durante 6 dias da semana, e o Prof. Hélio Gracie começou a ouvir falar muito sobre Sergio Penha e queria ver quem era esse rapaz que estava fazendo vários faixas preta de Oswaldo Alves desistir das lutas, nos treinos. Então, um belo dia, o Prof. Hélio Gracie chamou Oswaldo Alves para uma conversa , na qual disse que Oswaldo deveria dar a fiaxa preta à Sergio, obviamente para que enfrentasse Rickson. Então Oswaldo deu a faixa preta ao Sergio e o credenciou a entrar num campeonato ou numa luta casada contra Rickson. Na época não se tinha tantos campeonatos como hoje, e a luta acabou sendo empurrada "para o próximo, para o próximo", por três vezes, por vários motivos. Até que mais uma vez os dois se aprontaram para o tira teima, quando Sergio, no treinamento, fraturou uma costela, mas para não pensarem que ele estava correndo da luta, o aguerrido lutador, aceitou lutar assim mesmo. Do outro lado, ao que consta, Rickson estava doente, com febre, e para piorar não havia dormido na noite que antecedeu o combate, porque seu filho Rockson (já falecido), estava com problemas respiratórios e não conseguia dormir, preocupando-o muito. Bom, mas o dia chegou e eles acabaram se encontrando na semi-final do campeonato. Sergio começou dando muita pressão e controlando o combate e foi abrindo a vantagem sobre Rickson. A coisa estava feia para o Gracie, o placar já marcava ( 18 x 2 ) em favor de Sergio Penha. Neste momento a luta foi paralizada por uns dez minutos, (não me lembro o motivo) dando a Rickson tempo suficiente para se reencontrar na luta pois o Gracie já estava totalmente entregue. Então recomeçaram a luta, foi quando seguro da sua vitória por pontos, Sérgio Penha, começou a buscar a finalização, mas este foi o grande erro, porque Rickson é provavelmente o maior finalizador que o jiu-jitsu já viu e além disso está sempre muito concentrado na luta, e se o adversário comete um erro, ele não perdôa. Sérgio puxou Rickson para a guarda e faltando somente 40 segundos para o fim, numa tentativa de passar a guarda de Sergio, Rickson acaba apoiando seu peso exatamente na costela quebrada de Sergio, que dá um enorme grito, e acaba perdendo o focu da luta e cedendo quase que ao mesmo tempo a passagem de guarda e a montada e Rickson parte para estrangular seu adversário, e a 5 segundos do final do combate, Rickson obriga Sergio Penha a desistir da luta, antes que desmaiasse vítima do famoso "estrangulamento Gracie"

(Agradecimento especial à LV BJJ Club)


Romero Jacaré: "Eu vencí Rickson Gracie" !!!

Vamos ler agora, alguns trechos de uma polêmica entrevista de Romero Jacaré à revista Tatame, na qual ele diz que Royler e Royce, quando eram faixa-marrom "não arrumavam nada lá na academia" e completa dizendo que finalizou Rickson Gracie e ainda cita o nome de outro lutador que finalizou Rickson, quando este já era faixa-preta:

"Lembro do Rickson faixa verde, ainda garoto. Ele pegou a preta com 17 anos muito crú, tanto que logo que pegou a preta bateu para o Rosado. Da mesma forma que quando ele era faixa verde e eu azul, o seu Hélio levou ele lá na academia botou "pau-pereira" e eu dei um pau nele e finalizei nas costas. O Royler e o Royce quando eram faixa marrom "não arrumavam nada lá na academia", batiam direto. Não tinha treino para eles lá na Academia do Rolls. Um tempo depois que eles pegaram a preta, aí foi que começaram a fazer frente"

(Agradecimento especial à Revista Tatame)


Ali, Ali, Bomba ye... Ali, Ali, Bomba ye...

Muito já se contou sobre este histórico combate do boxe, entre Muhammad Ali e George Foreman, porém sempre há um detalhe que foi esquecido ou coisa parecida. Quem sabe você não encontra uma novidade no relato abaixo...

Zaire, 1974... Multidões voltaram sua atenção para o centro da África. O combate ganhou todas as manchetes dos jornais e foi o assunto dos bares, das ruas, das escolas e das favelas. O planeta Terra respirou boxe.

Mas vamos aos detalhes obscuros que envolveram este combate:

1 - "Money, money" - Don King nunca passou de um gangsterzinho de Cleveland, que gostava de achacar as pessoas. Foi denunciado três vezes, mas conseguiu escapar, dessas três, duas foram por homicídio, mas já esteve preso em outra oportunidade. King já foi lutador de boxe; lutou três vezes, ganhou a primeira, perdeu a segunda e foi massacrado na terceira, então disse para si mesmo: "Deve haver uma maneira mais fácil de ganhar dinheiro!!!". Em 1974 ele estava por baixo, mas safado do jeito que é, se meteu na frente de todo mundo e arrumou esta luta na África, dizendo para Foreman o seguinte: "Eu lhe arranjo uma bolsa de 5 milhões de dólares para lutar contra Ali, mas ele vai receber bem menos, então bico calado". Aí foi se encontrar com Ali e disse: "Eu lhe arranjo uma bolsa de 5 milhões de dólares, mas ele vai receber bem menos, ele é o campeão, mas você é mais famoso, então bico calado"

2 - "O sopro da morte" - Dias antes da luta, houve uma festa no estádio aonde seria realizada a luta, afim de apresentar os lutadores ao público. Durante a festa uma feiticeira apresentáva-se, dançando a frente de Foreman, quando este foi surpreendido com uma baforada de charuto no rosto, Foreman manteve a tranquilidade e não reagiu. Segundo feiticeiros locais, após receber aquela baforada, Foreman perdeu suas forças e certamente seria derrotado por Ali.

3 - "O corte" - Em um treino com seu sparring, Foreman foi atingido no supercílio e o corte foi grande. A luta foi adiada por seis semanas. Até hoje comenta-se que Don King teria instruído o sparring de foreman para atingí-lo e causar o adiamento da luta. Com isso, mais publicidade, mais folhas de jornal sobre o assunto, mais Don King dando entrevistas sobre o seu "Amor pela mãe África" e etc...

4 - "Ali, Ali, Bomba ye" - Muhammed Ali, foi se encontrar com o ditador Mobuto Set Seko, que tinha muita vontade em vê-lo pessoalmente, após o encontro, ainda no corredor do palácio, Ali é abordado por um soldado que grita: "Ali, bomba-ye"!!!... Ali pergunta ao seu tradutor o que significa a frase e o tradutor diz: "Ali, mate-o". Ali foi do palácio até o hotel onde estava hospedado, gritando para a população: "Ali, Bomba ye...Ali, Ali, Bomba ye". E o povo o imitava, repetindo a frase. Durante as seis semanas de adiamento do combate, Foreman foi obrigado a ouvir esta frase todos os dias.

5 - "Desfecho final" - Em resumo, após deixar Foreman socá-lo nas cordas por oito assaltos, Ali sai das cordas e desfere quatro golpes fatais em Foreman, levando-o a lona. Foreman completamente exauto, não consegue se levantar e Ali se torna pela segunda vez, campeão mundial dos pesos-pesados.


Róbson Gracie "sai no pau" com português racista

Esse episódio, ocorreu no início da década de 60; o Magapai assistiu tudo e hoje vai contar como viu Róbson Gracie "sair no pau" com um português racista:

...eu estava dentro do ônibús e de repente ouví aquela confusão na parte de trás do ônibús, achei que era uma discussão e nada mais, sabe como é, naquela época, não havia muitos assaltos e agente nunca pensava o pior, então me virei e continuei meu cochilo. Foi quando a coisa esquentou e comecei a prestar atenção na história. O trocador havia dito a um rapaz de mais ou menos 1,80m e 80 Kg, que havia dado o troco certo, após receber o dinheiro da passagem pago pelo português (percebí pela maneira de falar), que por outro lado garantia que o troco estava errado, o trocador calou-se, mas o português continuou a insultá-lo desta vez chamamndo-o de negro safado, tiziu e outras manifestações racistas. O trocador era de biotipo pouco privilegiado; magro, baixo e com mais de 50 anos e o português parecia um atleta, com músculos bem desenvolvidos e etc, mais ou menos do corpo do Renzo Gracie, talvez até mais forte. O trocador visivelmente com medo disse: "Tudo bem, então está aquí o troco que o senhor diz ser o correto". Foi quando um magrelinho de camiseta preta, pulou lá da frente e disse: "Se você comigo, num pagava não!" - O português olhou, riu e disse: "Fica quieto baixinho, senão eu vou aí e te arrebento todo!!" - O magrelinho respondeu: "Motorista, pare o ônibús...vamos lá português, estou lá fora te esperando!!" O motorista parou o ônibús e abriu a porta, o magrelinho e ficou esperando o português que desceu logo em seguida. Olha, pra resumir a história, o que eu ví foi um massacre de Davi x Golias, o magrelinho mais parecia um macaquinho de tão rápido que era, primeiro ele derrubou o português, deu uma chave de braço e quando ouviu o estalo largou, pegando em seguida a cara do português e esfregando-a no muro, que ficou com marca de sangue do rosto do português (o muro era chapiscado...), o português ficou lá gritando, sem disposição pra se levantar, o magrelinho entrou no ônibús e disse: "Agora pordeos ir...", como se nada houvesse acontecido. Alguns dias depois estava vendo televisão na casa de um amigo e estav passando o programa "Heróis do Ringue" e pra minha surpresa ví o tal magrelinho, sentado na primeira fila. Perguntei aos meus amigos quem era e logo me disseram se tratar de um dos membros da família Gracie de jiu-jitsu. "Aquele é o Róbson, é pequeno, mas é uma fera"!!! Então eu disse: "Bom, isso eu posso garantir que é mesmo!!!"


Lacerda "O mestre da morte", sonho ou realidade???

Vamos ler agora um a descrição do jornalista Paulo Coster para o Mestre da Morte e seus devaneios. A matéria abaixo foi publicada na revista Ring, n° 6 de Novembro/99.

"Eu já vi muita palhaçada nesse meio das Artes Marciais. Mas nunca imaginei encontrar um legítimo artista de circo propagando tolices em academias conceituadas e o pior, conseguindo prender a atenção de lutadores de verdade. Não costumo citar nomes, mas vou quebrar o protocolo desta vez e lançar uma pergunta no ar: "Como é que um peão com traços claríssimos de esquizofrenia se intitula "Mestre da Morte" e consegue espaço para vomitar asneiras na academia do Carlson? Esse asno se orgulha de dizer que seus dedos são treinados e tem a força de um alicate, que seu soco tem a potência de uma marreta e que sua cutelada é afiada como uma lâmina. Acho que ele está mais para torneiro mecânico do que para ícone das Artes Marciais. Em todo caso sempre existe um ou outro pato disposto a nadar nesse mar de babaquice. É o caso de um certo baiano que nada... nada... nada... e no fim das contas NADA!

Ele na verdade deve ser mestre em Comunicação Social. Basta olhar para mim, nesse momento, perdendo minutos preciosos parafalar de quem não representa nada. Já critiquei duramente diversas personalidades do munda da luta mas, sinceramente, só consigo sentir pena desse tal Mestre da Morte. Ele não pertençe ao mundo da luta, nunca pertenceu e jamais pertencerá. É claro que existem muitos lunáticos nesse meio, existem os que bebem sangue, os que socam paredes, os que andam de quatro... mas eles costuma equilibrar suas deficiências mentais com garra e raça dentro do ringue. Nosso "Mestre da Morte" já é caso perdido, está velho, gagá e agora deu para queimar dinheiro... é caso de internação definitiva ou de sacrifício mesmo!


O Programa Heróis dos Ringues, apresenta... 

O programa de TV "Heróis dos Ringues", foi transmitido durante dois anos pela TV Continental. Era um programa de lutas tipo vale-tudo, no qual participavam lutadores de Jiu-Jitsu que enfrentavam lutadores de outras lutas. O programa ia ao ar todas as segundas-feiras e era coordenado por Carlos Gracie. Dentre os lutadores de maior destaque estavam João Alberto Barreto, Hélio Vigio e Carlson Gracie, todos alunos do Mestre Hélio Gracie. Lutas memoráveis aconteceram nesse programa, como as de Carlson que acabavam em pouquíssimo tempo , como por exemplo contra Karadagian, que terminou em menos de 30 segundos. João Alberto teve, também, várias lutas memoráveis, como a que ele, João, pegou o braço de um adversário deixando-o com fratura exposta. Em uma luta, o adversário de João Alberto banhou o corpo todo de óleo, dificultando assim, a sua pegada, já que quando João o agarrava, este escorregava e fugia da luta, prolongando sua duração. Na primeira vez que João conseguiu se juntar ao adversário e travá-lo, no segundo round, o adversário juntou-se na corda para fugir e levou uma joelhada no queixo, caindo desmaiado. Porém, nem só de vitórias vivia o Jiu-Jitsu neste programa. Hélio Vigio foi nocauteado por um boxeador, algo parecido como o que aconteceu com Amaury Bitteti (um dos grandes lutadores de Jiu-Jitsu da atualidade) num vale-tudo realizado em 1995 no Rio de Janeiro, vencido pelo mestre Hulk (capoeirista). Outros destaques do programa, alem dos três já citados, eram Mauro "Pé de Pato", Juarez, Róbson Gracie, Oswaldo Gomes da Rosa, o "Paquetá", dentre outros. No ano de 1999, Róbson Gracie resgatou "Os Heróis do Ringue", desta vez apresentado pela CNT, mas num formato bem diferenciado do original. Nesta nova edição o programa mostrava lutas atuais e outras mais antigas, sempre em reprise. Quando programa começou a mostrar algumas lutas, que o canal a cabo Sportv, apresentaria no futuro para seus assinantes, Róbson Gracie não pode mais colocar estas imagens ainda inéditas. O programa conduziu boas entrevistas e mesas redondas de boa qualidade. Vale lembrar que pelo programa passaram também bons comentáristas como Aluízio Vieira e Jayme Rousso. O programa ficou no ar por pouco mais de 1 ano. Quem sabe ele não volta em 2002!!!

(Agradecimento especial ao Prof. Fernando Pinduka)


The Final Match - Akira Maeda x Alexander Karelin

The Final Match, foi o título dado pelos japoneses para o combate que encerrava defintivamente a carreira do ídolo japonês, Akira Maeda. Nada melhor que proporcionar ao público a presença de uma lenda do mundo da luta. A escolha não poderia ser melhor; das frias estepes russas, os promotores trouxeram o até então invencível, Alexander Karelin. A luta movimentou o Japão, a coletiva de imprensa que oficializou a luta foi realizada no dia 22-01-1998 e Akira com a responsabilidade de "pelo menos dar trabalho", começou um duro treinamento com os japoneses Kanehara e Kohsaka, depois foi para Ekaterinburg, na Rússia, para treinar com Khopilov e outros. Em seguida, Maeda viajou para Seattle, nos Estados Unidos, para treinar de maneira bem intensiva a parte muscular e de trocação com o americano Maurice Smith. Maio de 1998, ao som pesado de Ozzy Osbourne o russo Alexander Karelin, entra no ringue e causa uma mistura de medo e admiração, por conta de sua vasta musculatura. Logo depois entra o japonês Akira Maeda no ringue. Saudado por seus compatriotas, Maeda parece saber que está prestes a ser engolido por um leão. Após as apresentações de prache, começa o combate. Maeda começa a luta desferindo uma série quase interminável de chutes na coxa do russo, que surpreso é obrigado a fechar a distância e levar Maeda para o chão, o japonês tenta resistir, porém não passa de um brinquedo nas mãos do russo, que o movimenta para onde quer (1 min). Até que finalmente, o russo vai para as costas de Maeda, porém o japonês vai para perto das cordas e o juiz para a luta e eles voltam a lutar em pé. Maeda continua golpeando as pernas de Karelin, com bons chutes, mas ao tentar derrubar o russo, cm um ippon, acaba se desequilibrando e Karelin cai por cima do japonês, que faz guarda; Karelin tenta passar a guarda de Maeda; quando o russo estava na eminência de passar a guarda, Maeda se aproxma das cordas e o juiz para o combate novamente (2 min). Eles voltam em pé, Maeda dá mais um bom chute, Karelin, não faz absolutamente nada quando está em pé, apenas alguns falsos golpes de mão aberta; atenção!!!, Karelin se aproveitou de da tentativa de Maeda derrubá-lo e encaixou uma guilhotina, Maeda tenta se defender; o russo aproveita o encaixe do golpe e da uma queda por cima de sí em Maeda; mas o japon~es reage e torcida vai a louura porque Maeda consiguiu ir no calcanhar de Karelin e acaba de derrubá-lo. O russo se assustou e virou de costas, Maeda partiu para uma chave de pé. Uauuuu, Karelin fez cara feia e foi obrigado a tocar na corda com a mão (3 min.), isso dá dois pontos para Maeda. Eles voltam a lutar em pé, e após mais um chute de Maeda, Karelin o derruba com um golpe de judô. Maeda consegue se levantar, mas toma mais uma queda (parece que machucou as costas); o russ se aproveita e levanta Maeda com seu golpe tradicional "reverse body flip". Maeda cai com tudo e sem reação permiti o domínio de Karelin, eles voltam em pé, mas o russo derruba o japonês novamente; Karelin está por cima, dando pressão (4 min.), mas acaba o round. Começa o segundo round e Maeda troca alguns tapas sem efeito com Karelin, que ao tentar derrubar o japonês acaba escoregando; Maeda vai para as costas de Karelin e tenta encaixar o mata-leão, a torcida vai ao delírio e o ginásio super lotado quase vêm abaixo; mas Karelin é muito forte e consegue se desvencilhar, já emendando um "brainlock" (chave de crânio), que obriga o japonês a colocar o pé na corda e dar um ponto para o russo; agora no placar (2 x 1), para Maeda. Karelin derruba novamente (1 min), Maeda faz guarda, Karelin amassa o japonês e vai o levando para as cordas, começa novamente com um estrabgulamento, mas passa para a chave de crânio; não teve jeito, Akira colocou o pé novamente na corda e deu mais ponto para Karelin; agora no placar está tudo igual (2 x 2). Em pé novamente. Karelin derruba Maeda, que já está cansado; o russo continua dando uma pressão forte em Maeda (2 min); Nossssa, Karelin dá outro "reverse body flip", e já vai pra costas do japonês, que parece estar sentindo o peso de seus 39 anos; Karelin é implacável ( 2:30s ), consegue encaixar um estrangulamento e é o fim. Maeda bate no meio do ringue e está tudo acabado. Karelin nem precisou fazer os cinco pontos para sair vencedor. Recentemente, nas Olimpíadas de Sydney, o russo Alexander Karelin, então com 33 anos, perdeu sua invencibilidade para o americano Rulon Gardner e teve que se contentar com a medalha de prata. Akira Maeda, hoje com 42 anos, tornou-se promotor de um evento de vale tudo, no Japão, conhecido com Rings.


Marcelo Alonso desabafa sobre problema com Ryan Gracie

Vamos ler agora uma declaração de Marcelo Alonso (editor da revista Tatame) sobre uma confusão ocorrida com Ryan Gracie no dia 26/03/2000:

Antes de qualquer coisa gostaria de dizer que nestes oito anos que venho trabalhando como repórter e fotógrafo de Artes Marciais, sendo três como editor da revista Tatame, nunca presenciei uma covardia tão brutal e gratuita como a que fui vítima durante o intervalo do Campeonato brasileiro de Equipes realizado ontem (26/03) no Iate Clube Jardim Guanabara. Após horas fotografando as lutas eliminatórias, aproveitei um intervalo realizado antes das finais para distribuir algumas Tatames que haviam acabado de chegar da gráfica e também fazer um lanche. No caminho da lanchonete parei para conversar numa roda onde estavam os faixas pretas Viny Campello, Nino, Roleta e Ryan o qual assim que me viu me cumprimentou friamente e foi se retirando da área. Achei estranho, mas imaginei que talvez o motivo fosse a Tatame que acabara de sair repercutindo a confusão que desencadeou em sua prisão. Passaram-se uns trinta segundos até que senti alguém batendo em meu ombro. Quando fui olhar fui surpreendido com um direto que acertou em cheio a minha boca. Cai no chão tonto e completamente rendido e ainda fui recepcionado por uma saraivada de chutes no peito e no rosto. Por sorte ainda tive tempo, meio que por reflexo, de colocar os braços à frente do rosto e esperar que alguém resolvesse se manifestar. Depois de acompanhar a surra de camarote por longos segundos algum dos faixas pretas presentes resolveu segurar o covarde. Quando levantei e constatei que milagrosamente meu prejuízo foi pequeno - além de um relógio quebrado, tive dois cortes na boca, quase perdi um dente incisivo (ficou mole) e um arranhão no braço olhei para frente ainda meio tonto me deparei com um indivíduo de cabeça raspada que gritava sem parar: Isso é para você aprender a não fotografar a mulher dos outros seu fdp! Não fazia o menor sentido. Além de eu não ter fotografado nenhuma mulher naquela competição o meu equipamento estava guardado há quase meia hora. Um certo clima de consentimento me fazia acreditar que havia sujeira no ar. A história só começou a clarear quando surgiram Castello Branco e Parrumpinha que revoltados com aquela covardia resolveram partir em direção do indivíduo que caminhava tranqüilo e impune para o portão de saída "Quem é este cara porque ninguém o segura!" Perguntava Castello a resposta veio rápida. Quando os dois rumavam em direção ao agressor eis que, como num passe de mágica, aparece RyanGracie liderando uma enorme turma do deixa disso. O quebra cabeça começava a se encaixar. Como é que na hora que eu estava apanhando ninguém apartou e na hora que queriam identificar o agressor surgiu uma enorme legião de "bondosos"? Aquela humilhação da qual fui vítima tinha todos os ingredientes para terminar impune como tantas outras protagonizadas pela ovelha negra da família Gracie. Afinal de contas em se tratando de Ryan impera no Jiu-Jitsu a mesma lei dos morros: ver, ouvir e calar. Só que desta vez a história foi diferente. Após alguns minutos da agressão percebi que todos estes anos trabalhando como repórter não foram em vão. Vários amigos, das mais diversas academias começaram a se manifestar e mesmo pedindo sigilo absoluto confirmaram ter visto Ryan com o agressor na arquibancada minutos antes do ato. Um deles, que por motivos óbvios, pediu para não ser identificado veio me contar que inclusive ouviu (na arquibancada) o momento em que Ryan mandou o aluno me apagar com um mata-leão e me encher de chutes no chão "para eu aprender a não escrever besteiras". Atitude digna dos anos de chumbo da ditadura onde os militares calavam a imprensa com violência. Só que isto foi há muito tempo atrás. Hoje, graças a deus os tempos mudaram, e a pior forma de querer calar um repórter é com violência. No caminho da 37o DP recebi um telefonema do presidente da CBJJ, Carlos Gracie que passou o celular para o seu sobrinho Ryan. Numa voz doce o Gracie jurou de pés juntos que o agressor não era seu aluno e pediu pelo amor de deus que eu não desse parte na polícia. A voz angelical do outro lado da linha me fez pensar em refugar, mas as conseqüências acabaram falando mais altas. Seria como aceitar, não só o absurdo da agressão em si, mas instituir a moda do repórter ser agredido quando escrevesse algo que alguém discorda. Num misto de revolta pela humilhação que sofri e desejo de ajudar a acabar com esta lei do silêncio que impera no esporte, resolvi botar a boca no trombone. Fui para a delegacia prestar queixas e posteriormente aos jornais O Globo e O Dia. Ainda pretendo relatar o fato detalhadamente nas revistas internacionais que trabalho como correspondente Kakutogi Tsushin, Budô, Kampfunst, Cinturon Negro, Full Contact Fighter, Black Belt e obviamente na Tatame. Que fique bem claro que tomei esta atitude pelo Jiu-Jitsu e não contra ele. Amo e vivo deste esporte como qualquer faixa preta e tenho consciência plena que não é vendo, ouvindo e calando que vamos crescer. Por isso apesar da forte dores que sinto na cabeça vou coloca-la no travesseiro e dormir tranqüilo ciente do dever cumprido.

Marcelo Alonso

Agradecimento especial à Carlos Caminho


Hélio Gracie vs Waldemar Santana - 1955

Hélio Gracie vs Waldemar Santana (A grande luta)


No Rio, em 1955, Carlos Renato, um jornalista que trabalhava no Jornal Ultima Hora e fazia assessoria dos Gracie, foi responsável pelo desafio histórico entre Waldemar Santana e Hélio Gracie. Waldemar, que era roupeiro e "sparring" da academia Gracie, foi visto pelo jornalista como o elemento capaz de derrotar Hélio e abalar seu prestígio no meio do Jiu-Jitsu. Passou então a fomentar a discórdia entre eles. Waldemar queria mostrar seu talento, porém não deixavam que ele lutasse. Waldemar acabou expulso da Academia Gracie por aceitar uma luta contra Biriba (lutador que fazia lutas de "marmelada") e que poderia comprometer o nome da família. Waldemar, então, passou a treinar na Academia Haroldo Britto, em Ipanema. Carlos Renato insistia em alimentar a rixa e a luta entre Hélio e Waldemar foi inevitável. Esta luta foi realizada na ACM, na Lapa. Ambos entraram no ringue de quimono, mesmo sendo uma luta de vale-tudo. O combate durou três horas e quarenta e cinco minutos, sendo inclusive um recorde mundial numa luta de vale-tudo. Terminou com a vitória de Waldemar. A luta foi definida com Waldemar levantando Hélio acima da cabeça, arremessando-lhe ao chão e dando um chute no rosto. Hélio, desacordado, acabou sendo socorrido imediatamente por seu aluno Armando Wriedt.
Foto da luta

Waldemar Santana: Faleceu em Brasíla, na década de 80 vítima de um acidente automobilístico

Agradecimento especial à Fernando Pinduka


Jiu-Jitsu vs Luta Livre - O grande desafio - 1992


Em 1992, devido a um desentendimento entre lutadores de Jiu-Jitsu e de Luta-Livre, durante uma competição de Jiu-Jitsu, foi marcado um vale tudo para tirar as diferenças e ver, realmente, que luta era a mais eficiente. Foi marcado para o final de outubro, onde iriam lutar quatro lutadores de cada modalidade, em lutas de dois assaltos de quinze minutos. Era o vale tudo dos vale tudos, que após a luta de Rickson Gracie contra o Rei Zulu, tinha feito com que a mídia voltasse a ser invadida pelo Jiu-Jitsu. Agora, porém, era a Rede Globo quem iria transmitir ao vivo, os combates, dando um grande status ao evento ocorrido no ginásio de Grajaú Country Club.

A primeira luta foi entre Wallid Ismail (faixa marrom do Jiu-Jitsu) contra Eugênio Tadeu, o mesmo que tinha derrotado Renan Pitanguy em 1984. No primeiro assalto a luta foi equilibrada, porém no segundo, Eugênio não resistiu a série de cabeçadas aplicadas por Wallid e acabou desistindo.

A segunda luta foi entre Murilo Bustamante (faixa preta de Jiu-Jitsu) contra Marcelo Mendes. Murilo venceu facilmente pois o adversário só queria fugir se jogando duas vezes para fora do ringue, sendo desclassificado. A terceira luta seria entre Hugo Duarte (Luta-Livre) e Marcelo Behring, porém, Marcelo se machucou e não pode lutar.

A luta final foi entre Fábio Gurgel (faixa preta de Jiu-Jitsu) e Denílson Maia. A diferença de tamanho entre os dois era grande. Denílson era maior e mais forte. Isso, no entanto, não foi problema para o lutador de Jiu-Jitsu que, com uma técnica mais apurada, acabou vencendo o combate por desistência do adversário.

O resultado desse vale tudo, deu um impulso grandioso ao Jiu-Jitsu. Murilo Bustamante, que tinha apenas quatro alunos, passou a ter dezenas. Fábio Gurgel, que dava aulas no Clube Federal, passou a dividir com seu Mestre Jacaré, a academia Master, em Ipanema. Além de vários outros professores que viram seu movimento de alunos triplicar, após essa importante vitória do Jiu-Jitsu.

Fábio Gurgel: Recentemente aposentou-se dos tatames sendo campeão mundial na acategoria até 91Kg. Continua administrando suas academias (Alliance) ao redor do Brasil, principalmente em São Paulo.

Denilson Maia: Ví pela última vez no córner do pessoal da luta livre no Heroes 1

Marcelo Mendes: Apareceu outri dia na Copa Budokan (Dez-2002). Tá meio gordinho e seguramente abandounou o esporte

Murilo Bustamante: É o atual campeão do UFC na categoria até 84 Kg 


Wallid Ismaill vs John Marsh - O treino que virou luta!!!

 Em novembro de 2000, Wallid Ismaill realizou um treino com o faixa azul, John Marsh da Gracie de Torrance (na época, aluno do Royce e Caique)! Neste dia daria um milhão para estar com uma filmadora escondida e ter filmado tudo. Vamos aos fatos! John passou na Beverly Hills Jiu-Jitsu para tentar lutar no UFC e foi falar com o "boss" de lá, este aproveitando que o Wallid estava lá treinando junto com Café, Wander Braga e outros, perguntou se ele estava interessado em dar um treininho para que pudesse observar suas qualidades, Marsh topou na hora, sendo que o americano deve pesar entre 110 e 120 kg, o cara é um tanque!! O treino começou com o Wallid dentro da guarda dele e o combinado era: "trocar socos leves na manha", foi quando o Wallid com sua marra deu um porradão no nariz de Marsh. O americano ficou possuído e acabou dando uma porrada no Wallid que acabou caindo para trás. Marsh já saiu catando o braco do Wallid e esticando!!! Como ninguém pode negar a raça do amazonense, ele mesmo com o braco no talo não bateu e a galera do "deixa disso" chegou e separou. Então, foram treinar em pé, e o Wallid tinha que por o gringo para baixo. Foi um massacre, deu até pena!! Quem encontrou o Wallid na época, na Califórnia, de óculos escuros já sabe o porque. Ele estava com o olho fechado de tanta porrada que tomou o Wallid ficou aterrorizado! Na sequência veio o Wander Braga; coitado, acho que ficou um tempo sem poder andar direito após levar uma chave de calcanhar que estralou tudo! Ainda dizem que após apanhar do Marsh, Wallid ficou um tempão no banheiro sempre gritando lá de dentro: Tô mijando, pô!!!

Enviado por "Homem da Verdade"


O primeiro encontro de Marcelo Tigre com Rickson Gracie

 Essa foi terrível; estavam o Professor Banni, o seu aluno Marcelo Tigre (na época faixa-marron) e também o seu aluno Aroldo (hoje faixa-preta). Era a primeira vez que o Prof. Banni iria ter a oportunidade de apresentar o Rickson aos seus alunos. Isso aconteceu na época daquele Vale Tudo, que o vencedor da etapa nacional e internacional iria lutar contra o Rickson e que acabou dando o maior problema. O Banni sabia que o Rickson naquele dia provavelmente deveria estar na praia pegando alguma onda. Dito e feito, os três encontraram o Rickson rodeado de pessoas e esperaram a "muvuca abaixar" pra poder se aproximar. Com todo o respeito o Banni chegou no Rickson e apresentou os seus alunos. E ai o Marcelo Tigre falou uma das suas: "Você vai ver, vou vencer o Vale-Tudo Nacional vou vencer o gringo e depois eu venço você na final". O Rickson achou graça e falou: "Pelo menos vc está treinando?? Pois com essa barriga é bom perder uns kilos". O Banni ficou morrendo de vergonha e ficou mandando o Marcelo calar a boca e pedir desculpas ao Rickson.

Marcelo Tigre: Atualmente vive em Natal (RN) e continua treinando

Enviado por Eduardo Lemos


Hélio Gracie: "Agora vão ter que voltar à pé"

A história abaixo foi contada pelo câmera-man mais querido do jiu-jitsu, Oswaldo Paquetá.

Quando eu falo em Academia Gracie eu estou falando em tradição, na época a Ac. Gracie preparava seus lutadores e além do vale tudo, nós íamos fazer uma exibição ou alguma luta em outro local como América Futebol Clube, Clube de Regatas Flamengo, Clube Carioca - tudo feito pela TV Continental e depois TV Tupi e depois TV Excelsior - era o Herois do Ringue e depois virou um programa de Luta-Livre americana. A Ac. Gracie ia fazer um programa de lutas em Teresópolis e o Hélio Gracie selecionou alguns lutadores, dentre esses o Genarino que era um bom lutador da Academia Gracie e o Testa de Ferro que era um lutador de marmelada e fazia vale tudo também - Antes de irmos lutar ou nos exibirmos em outros lugares, havia um encontro na Ac. Gracie (Av Rio Branco 151/17ª), para que o ônibús levasse todos os lutadores. Eu estava dentro do vestiário e o Genarino, que iria lutar contra o Testa de Ferro, não estava muito bem preparado para a luta. O Genarino chamou o Testa de Ferro e perguntou: "Vamos fazer uma jaca"? O Testa de Ferro, prontamente respondeu : "Ótimo pois eu também não estou treinado" E fomos todos para Teresópolis de ônibús, aconteceram todas as lutas normalmente e quando chegou na luta entre o Genarino e o Testa de Ferro , foi aquela "marmelada". Mestre Hélio gritando: "Vamos, vamos lutar"; percebeu que se tratava de uma marmelada e disse que aquilo era uma vergonha, na Ac. Gracie não existe isso. Além disso ele falou para os dois que estavam proibidos de voltar de ônibús e se quisessem voltar, que seria à pé!! - para vocês verem como a coisa era pra valer, "eles realmente eles ficaram à pé" - a sorte deles é que três sargentos dos Fuzileiros Navais tinham ido com suas motos e deram carona à eles. O professor Hélio também não pagou à eles, isso é para ver como as coisas eram certas. Até hoje o Carlson está brigado com determinados lutadores porque ele desconfia que alguns deles fizeram "marmelada"!!!

Oswaldo Paquetá : Continua sendo "figurinha fácil" em todos os principais campeonatos de jiu-jitsu e vale tudo por todo o Brasil, sempre registrando tudo com sua câmera.

Agradecimento especial à Oswaldo Paquetá


Relson Gracie dando "uma dura" num engraçadinho

Podemos falar a respeito do ocorrido no seminário quando terminei a demonstração dos movimento, um aluno colocou em dúvida, se eu poderia me defender de um clinche sem dar o pescoço, com uma grande experiência em seminários com tranquilidade mostrei a posiçaõ pela primeira vez, em seguida o aluno não satisfeito achou que não era possível realizar o movimento e com a mesma eficiência, haja visto que as pessoas que se encontravam alí fazendo o seminário eram da Polícia Estadual de North Caroline, EUA e já não estavam entendendo muito, onde o launo pretendia chegar, ainda não satisfeito e de certa forma me desrespeitando perante as pessoas presentes, voltando a colocar em dúvida a mesma situação, não tenho medo de ser surpreendido, "tenho meus princípios e minha formação, sou origem do grande mestre Hélio Gracie", e pela terceira vez, fui executar o movimento, já com um apostura diferente, entrei na bahiana, segurei um pouco ele no ar e botei pra baixo com tudo, depois de ganha a posição o aluno pediu para parar e repetia "Agora eu acredito, tá bom, basta" pela situação de ser um seminário aberto e para amigos, fiquei sentido com a decisão tomada.

Relson Gracie: Continua administrando com sucesso sua academia no Havaí, aonde mora.

Agradecimento especial à Revista Warrior (Revista Warrior nº 03)


Hélio Gracie em: "Missão Abrolhos"

Em 1952, Hélio Gracie recebeu uma medalha de honra da empresa Standard Oil por um incrível ato de bravura realizado seis anos antes. Tudo aconteceu no navio Tanajé, quando ele e o irmão Carlos estavam a caminho de Fortaleza. Estavamos no convés, quando ví um cara dentro do mar. Foi a maior gritaria, "Homem ao mar!, e o comandante foi dando a volta para apanhar o rapaz, parando a uns 200 ou 300 metros dele. "O cara havia tentado se suicidar" , lembra o professor. Um barco com oito marinheiros foi escalado para o salvamento, muito dificultado pelas condições do mar, que produzia ondas enormes. "Quando chegaram no cara que já estava desmaiado e flutuava como uma bóia, o agarraram pelo cabelo, mas não conseguiram colocá-lo no barco. Disse para o Carlos: "Sujeitos burros, por que uns não entram na água para ajudar os outros a puxá-los para dentro?. Atrás de mim um marinheiro disse: "Meu amigo estamos em abrolhos, aquí não se mete nem a mão dentro d'água, pois o mar é infestado de tubarões!, Perguntei para o Carlos: "Não estás com vontadde de buscar esse cara? . Tô, mas não chego lá". Falei: "Mas eu chego", e ele respondeu: "Então vai!!" , Tirei a roupa, fiquei de cueca e pulei no oceano. Me joguei de cima do convés e, enquanto estava no mar, me deu medo e resolví não ir muito fundo. Dei aquela furada de natação e nadei tudo o que podia, era onda pra burro", narra. O comandante do navio já havia ordenado que o barco abandonasse o náufrago e desse volta. Hélio passou por eles e os falou para darem meia volta. "Tava cansado queria voltar no barco. Meu medo era não pegar o cara e ou chegar lá e ele já ter afundado. Ia ser uma decepção. Mas o agarrei quando ví que a sorte estava lançada: "Se tiver tubarão ele vai escolher um de nós". Coloquei o sujeito no barco e depois subí também sem problema. Era umas cinco e meia, tempo escuro, querendo chover. Os marinheiro estavam com medo de não chegarem ao navio e gritei: "Seus frouxos, remem direito, senão vou nadando!" Não deixaram eu sair, virei um líder. Por fim, conseguímos subir no navio e foi uma festança medonha!!!

Fragmento retirado da Revista Gracie Magazine #51


Corram que a polícia vem aí!!! Hélio Gracie vs Fred Ebert

Após lutar contra Antonio Portugal e Takashi Namiki, Hélio Gracie enfrentou o gigante Fred Ebert, que tinha no seu curriculum mais de 600 lutas e um empate contra o campeão mundial de luta-livre Jim London. Hélio tinha apenas 60 Kg e ainda por cima lutou com um enorme furúnculo no pescoço. Após 1 hora e 50 minutos de luta a polícia apareceu no ginásio e interrompeu a luta. "Havia uma lei que proibia que qualquer espetáculo público continuasse sendo realizado após às 2 horas da manhã" Hélo levava vantagem na luta e arrancava aplausos do público a cada soco que desferia no rosto do americano que pesava 38Kg a mais que Hélio. O saldo foi bem negativo para Fred Ebert, que precisou ir direto para o hospital após a luta.

Hélio Gracie: Continua dando suas aulas de defesa pessoal e mantém-se como um exemplo de boa saúde até mesmo para os mais novos aos 90 anos.

Agradecimento especial à Revista Gracie Magazine


Carlson Gracie fala sobre a luta Hélio Gracie vs Waldemar Santana

O relato abaixo é um fragmento da entrevista dada por Carlson Gracie à revista Tatame

Como foi o lance que levou à briga entre Hélio Gracie e Waldemar Santana? O Waldemar Santana, durante 20 anos, representou a academia, era uma parada duríssima e eu era muito amigo dele. Mas aí ele tava precisando de dinheiro e pintou um empresário. Na época, tinha o Palácio de Alumínio, onde aconteciam as lutas de marmelada, o Waldemar recebeu um desafio de um desses caras e topou. Era luta pra valer. Tinha uma bolsa boa. Mas ele foi falar com o Hélio, que não aceitou, dizendo que lá só tinha marmelada. Ele disse que estava precisando de dinheiro, que a mãe estava sem grana e falou que, se o Hélio desse o dinheiro, ele não lutaria. "Eu vou lutar e arrebentar o cara!". O Hélio disse que ele não podia lutar, houve essa confusão e ele lutou. O Hélio o expulsou da academia, xingou ele de tudo quanto foi maneira e, por isso, houve essa luta.

O Hélio Gracie foi um herói lutando três horas e quarenta minutos sem parar! Não tinha round. Na verdade, o Hélio não tinha mais condições de lutar. Ele tava com 44, 45 anos e o Waldemar era um fera, tinha 24 e tava super treinado. Aquilo foi uma briga, praticamente. Eu fui o primeiro cara a entrar no ringue. Era um garotinho. Tinha uns quinze anos. Mas o Hélio foi um herói. Ficar três horas e pouco com aquele cara, nas condições que ele tava, apesar de ter perdido, ele foi um herói. Depois da luta, fui falar com o Waldemar: -Gosto de você, mas você me criou um problema. Agora vamos ter que lutar, se cuida no ringue, porque lá a gente é super inimigo e a porrada vai comer. Naquela época, só tinha eu de homem para defender a família. O resto era tudo mulher. Tinha também o Robson depois de mim, que era muito bom lutador, mas era muito levinho, pesava cinqüenta e seis quilos. No peso dele, ele lutou muito e ganhou de todo mundo, era muito bom realmente. Mas não podia enfrentar os caras de noventa, cem, que eu enfrentei. E assim foi. Eu fiquei defendendo a família Gracie durante vinte anos. Lutei 19 vezes.

Agradecimento especial à Revista Tatame e Carlinhos


Carlson Gracie vs Capoeira - O início de tudo

A história abaixoé um trecho da entrevista concedida por Carlson Gracie ao site da revista Tatame

Você já estreou contra o Waldemar? Não, muita gente pensa isto, mas na verdade, quando lutei com o Waldemar, já tinha feito várias lutas. A minha primeira luta foi com o "Capoeira", que era um dos caras mais fortes do Rio. Ele fazia parte do grupo do "Cirandinha", no Leblon, que era de uns baderneiros, brigavam com todo mundo, desmoralizavam todo mundo. Um pai de família dava uma festa de quinze anos e eles iam lá e acabavam com a festa. Até no Copacabana Palace eles acabaram com uma festa. Então eu resolvi desafiar qualquer um. Como na época era menor, só tinha dezessete anos, o meu pai teve que fazer uma armação para mudar a minha idade. Então, passei a ter 21 anos. Lutamos numa quadra de cimento que tinha atrás do gol do Vasco, lá em São Januário. Eu ganhei rápido, sem botar pra baixo. Nós caímos embolados, caí por baixo, mas arrebentei ele na guarda, fui pra cima e montei. Depois, dei uma saraivada de socos. A luta durou uns quatro, cinco minutos.

Carlson Gracie: Está preparando o Heroes 3 (evento que promove) e vive nos EUA

Agradecimento especial à Revista Tatame e Carlinhos


Rickson Gracie é desafiado dentro de um restaurante

Denzel Whashigton astro de hollywood premiado nesse ano (2002) como melhor ator, deu uma entrevista para a HBO transmitida no ano passado pelo mesmo canal aqui para o Brasil. A entrevista era feita para a TV brasileira e a repórter pergunta a Denzel - O que vc conhece sobre o Brasil? DENZEL: Eu conheço a familia Gracie o mesmo se ajeita na cadeira abre um sorriso e diz o seguinte: DENZEL: Tenho uma historia para contar que uma amiga de Los Angeles me contou. Minha amiga estava em um restaurante em Los Angeles e tinha uma mesa com três rapazes que falavam muito alto e de forma muita estúpida e grosseira dentro do restaurante. Duas senhoras de idade que estavam sentadas ao lado pediram para que os rapazes tivessem modos. Os mesmos começaram a xingar as senhoras de todo tipo de palavrão, foi quando de algum canto por perto, levanta-se Rickson Gracie e diz: "Vocês tem que respeitar as senhoras". Os rapazes então desafiam o homem que se levantou para uma briga. Sem pensar duas vezes, o homem parte em direção aos três para iniciar a briga. A esposa do Gracie (Kim) se levanta, e diz: Rapazes parem com os insultos pois se não, vou ter que chamar o 911, e não será para o meu marido. Nesse momento os rapazes param com os insultos, e saem do restaurante . "Para quem não sabe 911 nos Estados Unidos e o número da emergência".

Rickson Gracie: Ao que tudo indica deverá lutar no ano de 2003 contra um adversário japonês.

Agradecimento especial à Fernando Zandona


O jiu-jitsu na década de 20

No final da década de 20 a família Gracie mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1930, com 28 anos abriu a primeira academia de Jiu-Jitsu do Brasil, no Bairro do Flamengo. Hèlio, adolescente mirrado e fraco foi proibido pelos médicos de praticar a luta, porem ficava dias inteiros apreciando o irmão. Aprendeu olhando e simulando sozinho os movimentos de combate. Um dia Carlos se atrasou e Hélio acabou dando aula em seu lugar. Virou professor. Após a morte de Conde Koma, por volta de 1928, Carlos passou a ensinar para os outros irmãos o que o mestre lhe ensinara, como forma de homenagear seu mestre e também para que o Jiu-Jitsu não morresse. Conde Koma ensinou a Carlos e segundo Carlson, Carlos desenvolveu novas técnicas sem fugir dos fundamentos da luta, transformando a luta numa espécie de xadrez humano, com base em alavancas na qual um homem fraco poderia derrotar um homem forte, desenvolvendo assim o Gracie Jiu-Jitsu. Carlos teria ensinado a Hélio Gracie toda a sua técnica. Porém Hélio Gracie é considerado o criador do Gracie Jiu-Jitsu, que devido a seu físico franzino, derrotava os adversários com sua técnica. Segundo Helio, Carlos foi o maior difusor do Jiu-Jitsu, porém ele, devido a sua dedicação, era o melhor entre os irmãos. Ele era incansável e não se cansava por não usar força, apenas técnica. Hélio transformou o Jiu-Jitsu em mais agressivo e letal. Hélio acabou em se transformar em herói nacional, o grande campeão em lutas em estádios e praças públicas. Carlos passou a ser "manager" do irmão, era ele quem dizia com quem Hélio deveria ou não lutar. George Gracie e Hélio Gracie eram os principais lutadores. George Gracie foi o iniciador dos vale-tudo ao derrotar o homem mais forte do Rio de Janeiro na época, Tico Soledade, campeão absoluto de levantamento de peso e queda de braço, além de ser conhecido por sua valentia.

Agradecimento especial ao Mestre Fernando Pinduka


MagaFights: "Wallid Ismail vs Eugênio Tadeu - 1992"

Grajaú Country Clube - 1992 - Desafio Jiu-Jitsu vs Luta Livre

O juiz do combate (Fulgêncio) dá o comando de início de combate e os lutadores nem bem se estudam e a porrada já começa... uma troca de golpes e Wallid tenta cinturar Eugenio, o representante da luta livre defende-se bem, mas Wallid parece determinadao a colocar Eugênio no chão... Wallid consegue dominar uma perna de Eugênio que perde o equilibrio e cai, agora Wallid está por cima, mas Eugênio esperneia e sai lá de baixo e parte pra cima de Wallid, que também não se intimida e troca vários socos com Eugênio... Agora é Eugenio que tenta derrubar Wallid, mas o representante do jiu-jitsu faz "pé firme" e não cai, porém Eugênio continua cinturando Wallid que agora se aproveita e dá uma série de cotoveladas nas costas de Eugênio...Wallid faz uma esgrima, se livra dos braços de Eugênio e já ememda uma queda...Atenção!!! Eugênio cai fazendo guarda e já vai direto para a america invertida, o golpe tá encaixado, mas Wallid estica o braço, faz cara feia e se livra do gope na base da grosseria... Wallid então começa a dar vários socos na lateral da cabeça de Eugênio, que tenta se defender em vão, nooooossa agora Wallid começa uma série de cabeçadas....Opa, Eugênio está com o supercílo sangrando!!! Eugênio mais uma vez mostra muita garra esperniando lá de baixo, explodindo com tudo e a luta volta em pé... são socos agora de ambas as partes (que luta!!!)... eles não param, continuam em pé, nesse momento Wallid tenta derrubar Eugênio, estão nas cordas, Wallid faz força e coloca Eugênio para baixo.... Recomeçam as cabeças de Wallid, na testa de Eugênio, que continua com o rosto sangrando... Wallid também já está com um hematoma abaixo do olho direito, provavelmente fruto das cenas de trocação... Eugênio está com a metade do corpo pra fora do ringue, o juiz para a luta e ordena que a luta recomece em pé... Voltam as cenas de trocação (intensas mesmo!!!)...Wallid parece cansado, está meio mole; cruzados, diretos, ambos já meio cansados, mas Wallid cintura Eugênio novamente e o derruba outra vez... O ímpeto já não é mais o mesmo, mas Wallid ainda desfere duas boas cabeçadas em Eugênio... Termina o primeiro round e o juiz dá "uma dura" em Wallid que ainda deu uma cabeçada após ouvir o gongo... Começa o segundo round... ihhhh já tá voando sangue pra todo lado, eles continuam trocando socos de todos os lados, Wallid aproveita e derruba Eugênio novamente, Wallid está na meia guarda, começam novamente as cabeçadas de Wallid em Eugenio, o lado esquerdo do rosto do representante da luta livre chega dar pena e Wallid insiste nas cabeçadas e nos socos na lateral da cabeça de Eugênio, Wallid não tenta passar a guarda...agora são vários socos de direita de Wallid no rosto de Eugenio, que mal consegue se defender, Eugenio está encuralado nas cordas e sofredo um duro castigo.... o juiz para a luta e eles voltam em pé... Eugenio parece revigorado e parte para cima de Wallid, desferindo socos , Wallid parece ter sentido algum golpe e cintura Eugenio de novo e o coloca para baixo,... recomeça o castigo, com cabeçadas e socos no rosto de Eugenio, que mais uma vez mostra muita garra e explode lá de baixo e os dois estão em pé novamente... trocação intensa, eles não param sequer um segundo, soco pra todo lado (um lutão mesmo!!!). Estão agora no canto do ringue, Eugênio parece muito cansado e puxa Wallid para a guarda, Wallid aproveita o movimento de Eugênio e o empurra para fora do ringue, mas Eugênio se agrra a Wallid que cai junto... e cacete!!! A luta continua fora do ringue, os expectadores abrem uma rodinha e Walid está por cima "descendo a ripa"... Agora Wallid é agarrado pelas costas e retirado de cima de Eugênio, que está morto de cansado, Wallid volta ao ringue e com a renúncia de Eugênio em voltar a luta, o juiz conta até 10 e declara Wallid Ismail vencedor do combate.... WOW, que luta, fãs do esporte!!!! Essa foi uma verdadeira MagaFight !!!

Wallid Ismail: Continua ativo no vale tudo, principalmente no Japão

Eugênio Tadeu: Ensaia o se retorno aos ringues no Meca 8 contra Marcelo Giudice

Narração enlouquecida de Magapi


MagaFights: "Marcelo Bhering vs Flávio Molina" - 1984

...tudo pronto, Marcelo tira o quimono, fica só de sungão, no seu córner está Reyso Gracie, o juiz Hélio Vígio dá o comando de início de combate e lá vão eles, por enquanto somente se estudam... Marcelo está mais parado esperando uma opotunidade de levar a luta para o solo e Molina está saltitante no centro do ringue...Molina dá um bom chute abaixo do joelho de Bhering... Agora Marcelo parte pra cima, mas Molina se esquiva e ainda desfere um bom chute na parte interna da coxa de Bhering... Agora Marcelo fechou a distância e cinturou Molina que se agrra às cordas para não cair (tá esquentando...) Atenção Bhering gira e vai para as costas de Molina... Flávio Molina tem boa base e não vai para o chão, resiste bem esse lutador. Molia consegue girar e vira novamente de frente para Marcelo, mas ainda está cinturado... Bhering insiste e agora da um ouchi-gari e leva Molina finalmente para o chão, agora Bhering está se sentindo em casa e Molina num terreno absolutamente desconhecido...Marcelo já cai com a guarda passada e atenção...nesse momento Marceloo Bhering monta... o Maracanâzinho quase vem abaixo , a torcida enlouquece... nesse omento Róbson Gracie começa a gritar da primeira fila: "Finaliza, finaliza..."... mas Bhering parec bem clamo, agora está montado e começa a dar os primeiros socos no rosto de Flavio Molina, que tenta em vão se proteger, parece que é o fim... agora duas boas cotoveladas de baixo para cima de Bhering bem no crânio de Molina... neste momento Bhering começa uma sequência de socos frontais e laterais, todos no rosto de Molina, que continua vivo na luta!!! E não para omassacre, são golpes de todos os lados, cotoveladas sem fim na cabeça de Molina, esse rapaz é um heroi por ainda estar aí,...o ginásio parece que vai explodir, o povão está completamente em êxtase com as sequencias de socos e cotoveladas de Bhering na cabeça de Molina, um massacre, meus amigos, não há palavras que possam descrever o que estou vendo, mas Molina é valente, resiste como os guerreiro da sua luta de origem, o kickboxing, Marcelo continua a bater...o juiz percebe que não há mais condições para continuar a luta, pois só existe um lutador no ringue... Hélio Vígio para a luta e declara Marcelo Bhering vencedor do combate por nocaute técnico. Detalhe: Apesar de ter apanhado o tempo todo Flavio Molina não desistiu em momento algum. Agora esperamos o último combate da noite entre Rei Zulú vs Sérgio Batarelli, mas isso é uma outra MagaHistória...

Marcelo Bhering - Faleceu vítima de uma overdose de drogas na década de 90.

Flávio Molina - Entrou para a polícia e anos mais tarde, também na década de 90 acabou falecendo vítima de uma queda um penhasco, quando instruia seus alunos da academia de polícia no esporte conhecido como rappel (descida de montanhas). Detalhe: A rede Globo acabou sem querer mostrando ao vivo a queda de Molina do penhasco quando fazia uma matéria sobre este esporte. Algo muito triste de lembrar (eu ví).

Narração enlouquecida de Magapi


Carlson Gracie vs Passarito

E depois de fazer a minha primeira luta de vale tudo contra o "Capoeira" enfrentei A o "Passarito", que era um cara fortíssimo, campeão brasileiro de Luta-Livre, campeão brasileiro de Judô e campeão brasileiro de Boxe. Imagina a fera que eu peguei. Tinha 96 quilos de músculos e eu com 72. A luta foi empate. Esta luta foi realizada atrás do gol do Maracanã. Uma hora de luta e não houve vencedor. Nos primeiros minutos de luta eu levei uma queda, quebrei a clavícula, mas ninguém percebeu. Fiquei 90 dias com um aparelho "pra indireitar". Foi a primeira luta que eu fiz com o Passarito. Teve outra com ele também. As condições da luta eram: rounds de meia hora até alguém desistir!!! A luta durou duas horas e meia! Quando acabou o quinto round, depois de duas horas e meia, ele não tinha mais condições de andar. Eu arrebentei ele todo e o médico não deixou ele voltar!!! Ele ficou duas semanas no hospital. Duas semanas com oxigênio, naquele morre e não morre. Eu, inclusive, fui lá visitá-lo!!


A História do Jiu-Jitsu - por Prof. Paulo Caruso

A origem do jiu-jitsu se confunde com a prática do jiu-jitsu feudal e no surgimento do judô de Jigoro Kano. Alguns historiadores relatam ser originário da India, outros dizem na China. O certo é que foi no Japão que evoluiu como arte marcial, sobre a influência histórica do povo e da saga dos samurais.

Os registro mais antigos datam de 230 a 750 A.C., em torneios de luta corpo a corpo entre os samurais na presença do Imperador. Os samurais defendiam os senhores feudais, praticavam lutas de espadas e outras armas além do jiu-jitsu, que era considerada uma técnica de ligeireza , a base de estratégia de movimentos.

A doutrina das artes marciais resulta da idéia da não resistência e da suavidade, encontradas no livro de Lao Tse de filisofia chinesa e no Hwang Shikon (Bíblia sagrada dos guerreiros feudais), que aborda o princípio da cedência e não resistência ao oponente.

A partir da metade do século XVI o jiu-jitsu começou a tomar forma sistematizada. Entre os séculos XVI e XVIII foram estabelecidos os principais fundamentos do jiu-jitsu. Na época do Edo (1603-1868) o Japão se encontrava em certa paz, o que fez que as artes marciais se espalhasem pelo país. Nesta época havia distinção entre os guerreiros e as pessoas comuns, que eram proibidas de usarem armas, daí a necessidade de aprenderem a lutar jiu-jitsu.

A partir de 1871 houve um colapso feudal com a influências ocidentais e a proibição do uso de armas no Japão. Isso criou um desânimo e rivalidade entre as escolas de artes marciais, pois sómente o jiu-jitsu sobreviveu como arte marcial por não usar armas. Haviam dois tipos de técnica, o Sumô a base de peso e força, e o jiu-jitsu, a base da estratégia de movimentos. O jiu-jitsu utilizava socos, chutes, cuteladas, joelhadas, torções e chaves. Com o desenvolvimento das escolas apareceram cada uma com suas especialidades, da onde provavelmente influenciaram o surgimento de outras artes marciais de luta a mão desarmada.

Tornava-se uma arte popular e perigosa, que para ser admitido tinha que assinar com o próprio sangue a isenção da escola instrutora. No fim do século XVIIII um estudioso japones chamado Jigoro Kano criou o sistema Kano de jiu-jitsu, onde sistematizou os métodos, aperfeiçou técnicas, colocou certos princípios e deu grande enfase na filosofia: " O que eu ensino não é apenas arte jitsu, mas é no princípio que coloco toda a importância." e deu o nome de Judô, um meio de vida da qual através do exercício físico e aprimoramento técnico o homem purifica a alma e pensa no próximo.

Vários foram os japoneses que saíram pelo mundo para divulgar seus conhecimentos, mas um com o apelido do homem das mil lutas veio se estabelecer em Belém do Pará, onde teve os primeiros contatos com a família Gracie. Conde Koma como era conhecido Matsuyo Maeda ensinou membros da familia, que deram origem a uma nova modalidade de luta desportiva que vem crescendo em todo mundo, o brazillian jiu-jitsu. A partir do irmãos Carlos Gracie e Hélio Gracie o Brasil entrou para o rol das artes marciais mais eficientes, com novas técnicas, movimentações avançadas, regras diferentes e com enfase na luta de solo.

O jiu-jitsu brasileiro é hoje mundialmente famoso, com amplo mercado de trabalho para os mestres formados aqui. Virou uma profissão de respeito entre os países mais desenvolvidos, pois trouxe de volta as raízes do homem primitivo, mas com a razão do homem contemporâneo. É um grande atrativo para o público que gosta de lutas, entre eles crianças e mulheres, e mexe com milhares de pessoas envolvidas com o jiu-jitsu no Brasil, principalmente no rio de janeiro.

O jiu-jitsu tornou-se um conteúdo da educação física no brasil, onde é ensinado em escolas, clubes e academias. Permite a profissionalização do lutador, melhora a força, a resistência geral e a flexibilidade, além diminuir o stress físico e mental. Mas é preciso que seja ministrado por profissionais sérios, comprometidos com a filosofia e a pedagogia do ensino, de preferência professores com conhecimentos em educação física.

Paulo Caruso é professor de Educação Física - Cref 0977 e Faixa Preta 6º grau de Jiu-Jitsu


Rolls Gracie "Esse a gente não pode esquecer" 

O Jiu-jitsu precisava de um campeão com grande técnica, carisma, liderança para influenciar e orientar a geração mais jovem de praticantes de artes marciais. Em Rolls Gracie, o jiu-jitsu achou este líder. O menino com o nome estranho, começou na Rua São Bolivar 14, em Copacabana, Rio de Janeiro, próximo ao Teatro Roxy, um esforço consciente para ser o inovador e peça fundamental para a transição do jiu-jitsu. Ele introduziu educação física em seu programa de treinamento conjuntamente com técnicas de outras artes marciais. Ele promoveu competições jiu-jitsu mas ainda apelou para a juventude, que popularizasse este esporte. participando. Ele se tornou o líder de centenas de pessoas jovens da Zona Sul do Rio.

Não contente com o que já havia aprendido sobre técnicas de lutas marciais, ele viajou o mundo procurando mais conhecimentos, compartilhando seu estilo, e competindo contra lutadores sambô nas regras de seus oponentes. Onde quer que Rolls tenha ido, impressionou todo mundo com sua versatilidade, rapidez e força; pesando 71Kg, ele dava saltos poderosos, chutes e socos, algo nunca visto antes num lutador de jiu-jitsu. Weighing somente 160 libras, ele desempenhou saltos poderosos, chutes, e socos; algo nunca visto num lutador de jiu-jitsu.

O filho de Carlos, o mais velho do original quatro famosos irmãos Gracie, Rolls realmente foi levantado pelo irmão mais jovem, Helio. Rolls foi o ponto de equilíbrio da família Gracie, fazendo uma ponte entre o velho e o novo. Mas no auge de sua força, fama e popularidade, um acidente com uma asa delta, em Visconde de Mauá (interior do Rio), acabou vitimando Rolls. Com seu falecimento, o campeão deixou atrás de uma geração de órfãos espirituais.

"Um aluno do "Barrada", o Cícero, que era um bom professor da academia, passou o "rôdo", no Rolls. Não chegou a pegar, mas se fosse campeonato teria ganho por vários pontos. Aí o Rolls me ouviu e passou a treinar comigo. Ele dava aula lá na academia do tio Hélio, mas foi treinar comigo. E ficou realmente um fenômeno. No Jiu-Jitsu, no peso dele, não teve ninguém melhor. Ele era muito melhor que o Rickson. Eles sempre treinavam e o Rolls sempre ganhava. O tio Hélio ficava puto da vida. O Rickson era bom, claro, mas o Rolls era melhor". (Carlson Gracie)

Agradecimento especial ao site GracieFighter


Carlson Gracie vs Euclídes Pereira 

Carlson Gracie fala sobre sua derrota para Euclídes Pereira:

Prof. Carlson, como foi a sua derrota para o Euclides Pereira? É, eu perdí na cabeça do juiz, mas quilo eu ganhei, vencí a luta, mas os jurados deram a vitória para ele. Essa foi a minha penúltima luta. Foi uma luta muito dura. O Euclides havia vencido o Waldemar, mas perdia sempre para o Ivan Gomes. Eu levei nítida vantagem, n combate!! Inclusive, no primeiro round, cheguei a encaixar um mata-leão pelas costas, ele foi esperto e rodou para fora do ringue, fugindo. Quando eu larguei, ele tava dormindo fora do ringue. Aí fez uma cera lá embaixo, ficou enrolando. O resultado foi vaiado por todos, até lá na Bahia. A luta foi na Fonte Nova, no meio do estádio.


 

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